Conflitos

Mais de 40 mil crianças estão na linha de fogo em Raqqa, na Síria, diz ONU

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alertou que mais de 40 mil…

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alertou que mais de 40 mil crianças estão na linha de fogo com o aumento dos conflitos na cidade de Raqqa, na Síria. Segundo o diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e norte da África, Geert Cappelaere, pelo menos 25 crianças foram mortas e muitas ficaram feridas na última onda de violência na região. A informação é da ONU News.

Cappelaere declarou que hospitais e escolas estão sendo atacados e as pessoas que tentam fugir da área correm o risco de serem mortas ou feridas. “As crianças estão sendo privadas de suas necessidades básicas e pouca ajuda tem chegado a Raqqa desde 2013 por causa da violência e do acesso restrito’.

O conflito resultou em um deslocamento maciço por toda a cidade, onde há aproximadamente 80 mil crianças vivendo em abrigos ou acampamentos temporários. O Unicef pediu a todas as partes envolvidas no conflito que protejam as crianças, garantam uma passagem segura e protejam as pessoas que quiserem deixar a cidade de Raqqa.

Poliomielite

A agência da ONU está fornecendo material escolar e roupas para os menores e ajudando a imunizar mais de 58 mil crianças da região contra a poliomielite e outras doenças. Em Deir-ez-zor, região oriental da Síria, a Organização Mundial da Saúde (OMS), montou uma operação de resposta para combater o vírus da pólio tipo 2, derivado da vacina para combater a doença.

As autoridades disseram que esses casos são raros e representam uma mutação das cepas utilizadas nas vacinas orais que, segundo a OMS, são responsáveis pela eliminação de 99,9% dos casos de poliomielite em todo o mundo.

A Organização Mundial da Saúde preparou campanhas de vacinação para elevar a imunidade da população local e, apesar da violência na região, tem conseguido imunizar milhares de pessoas contra a pólio e outras doenças.

Em 2013 e 2014, a localidade de Deir-ez-zor foi o epicentro de uma epidemia do vírus selvagem da pólio, contida com sucesso na época pelas autoridades de saúde junto com a agência da ONU.