GUERRA

Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, afirma ONU

Mais de 660 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, fugiram da Ucrânia para países…

Organização estima 1 milhão de deslocados internos pelo conflito. Mais de 660 mil pessoas já deixaram a Ucrânia, afirma ONU
(Foto: Reprodução Twitter)

Mais de 660 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, fugiram da Ucrânia para países vizinhos nos últimos seis dias, desde o início da invasão russa, informou o Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados).

De acordo com Shabia Mantoo, porta-voz do órgão, há relatos de pessoas esperando até 60 horas para entrar na Polônia, enquanto as filas na fronteira com a Romênia chegam a 20 quilômetros.

O Acnur estima, ainda, 1 milhão de deslocados internos pelo conflito.

“Há muita atenção em torno daqueles que fogem para países vizinhos, mas é importante lembrar que a maioria das pessoas afetadas está na Ucrânia”, disse Karolina Lindholm Billing, gerente do Acnur para a Ucrânia, em entrevista coletiva em Estocolmo.

“Ainda não temos o número de deslocados internos na Ucrânia, mas estimamos que cerca de 1 milhão de pessoas fugiram de suas casas e ainda estão dentro do país”, acrescentou.

Chefe da Otan acusa Putin de ‘destruir’ paz na Europa

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse nesta terça-feira (1º) que o presidente Vladimir Putin “destruiu” a paz na Europa, em uma entrevista na Polônia.

“O presidente Putin destruiu a paz na Europa, e os aliados condenam a invasão brutal e injustificada da Ucrânia”, disse Stoltenberg. “O ataque russo é completamente inaceitável e foi facilitado pela Belarus.”

“Nosso compromisso com o artigo 5 [segundo o qual um ataque a um Estado-membro é considerado um ataque a todos os membros da Otan], nossa cláusula de defesa recíproca, é forte. Protegeremos cada centímetro do território da Otan”, continuou.

Stoltenberg ressaltou, contudo, que a Otan não busca entrar em conflito com a Rússia.

“A Otan é uma aliança defensiva, não buscamos conflito com a Rússia. A Rússia deve parar imediatamente a guerra, retirar todas as suas forças da Ucrânia e se envolver em esforços diplomáticos.”

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