PROTESTO

Manifestantes jogam sopa em quadro de Mona Lisa, em Paris

Protestantes pediram direito à alimentação

Manifestantes após jogar sopa contra o quadro Mona Lisa, em Paris (Foto Lusa Anadolu via Reuters)
Manifestantes após jogar sopa contra o quadro Mona Lisa, em Paris (Foto Lusa Anadolu via Reuters)

Duas ecoativistas jogaram sopa contra o vidro blindado que protege a Mona Lisa no museu do Louvre na manhã deste domingo (28) para protestar pelo direito à alimentação.

“O que é mais importante? A arte ou o direito a uma alimentação saudável e sustentável?”, perguntaram as manifestantes em francês diante da pintura mais famosa do mundo após passarem por uma barreira de segurança.

O protesto causou espanto nos espectadores que admiravam a obra. A ação foi reivindicada por um grupo francês chamado Riposte Alimentaire (Resposta Alimentar) em um comunicado enviado à agência de notícias AFP.

O grupo descreveu o lançamento de sopa como “o tiro de largada de uma campanha de resistência civil, com uma reivindicação clara que beneficia a todos: a segurança social de uma alimentação sustentável”.
O Louvre ativou uma unidade de crise, e funcionários usaram telas para impedir, em vão, que a cena fosse registrada. Em seguida, a sala onde o quadro está foi esvaziada e limpa.

A pintura de Leonardo da Vinci, também conhecida como La Gioconda, está exposta atrás de um vidro protetor desde 2005 e já foi alvo de atos de vandalismo várias vezes. Em maio de 2022, o vidro em frente ao quadro foi coberto de creme em um protesto, em maio de 2022.

A ação segue um movimento recente na Europa, em que ativistas de diferentes grupos usam obras de arte para chamar a atenção para a crise do clima.

Em outubro de 2022, dois jovens com camisetas do grupo Just Stop Oil jogaram sopa de tomate no quadro Girassóis de Van Gogh, também protegido por um vidro, na National Gallery de Londres, no Reino Unido.

Dez dias depois, uma pintura de Claude Monet também foi alvo, quando um grupo alemão atirou purê de batata em um de seus quadros expostos num museu de Potsdam, cidade localizada nos arredores de Berlim. No mês seguinte, manifestantes colaram-se às pinturas de Goya no museu do Prado, em Madri, na Espanha.

Folha Press.