LUTO

Morre Frederik Klerk, ex-presidente que contribuiu com o fim do apartheid na África do Sul

O ex-presidente da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, morreu aos 85 anos nesta…

Morre Frederik Klerk, ex-presidente que contribuiu com o fim do apartheid na África do Sul
Morre Frederik Klerk, ex-presidente que contribuiu com o fim do apartheid na África do Sul (Foto: reprodução - Twitter)

O ex-presidente da África do Sul, Frederik Willem de Klerk, morreu aos 85 anos nesta quinta-feira (11/11). Ele foi ganhador do Nobel da Paz em 1993 pela participação do fim do apartheid, regime racista que separada negros e brancos, que vigorou por quase 40 anos.

De acordo com um comunicado da FW de Klerk Foundation, o ex-presidente morreu na Cidade do Cabo, “em sua casa em Fresnayse no início desta manhã (11) após sua luta contra o câncer de mesotelioma.”

Frederik esteve à frente do país entre 1989 e 1994  e foi o responsável por libertar Mandela e outros prisioneiros políticos.

Ele foi o último presidente branco da África do Sul e, junto com Mandela, ganhou o Nobel da Paz. Ele foi vice-presidente de Mandela entre 1994 e 1996. Mandela, inclusive, foi eleito o primeiro presidente negro do país após as eleições multirraciais da África do Sul.

“Ele deixa sua esposa Elita, seus filhos Jan e Susan e seus netos. A família fará, no devido tempo, um anúncio sobre os preparativos para o funeral”, diz o comunicado.

O que foi o apartheid, regime racista que Frederik Klerk contribuiu para o fim

O apartheid foi uma política de segregação racial do estado que vigorou de 1948 a 1993 na África do Sul.

Durante quase quatro década, imperava um política de separação dos cidadãos segundo a cor da pele – em que a minoria branca dominou a maioria preta.

A África do Sul foi colonizada por holandeses e britânicos e só se tornou um país independente em 1910, mas o país sempre conviveu com ações de dominação dos nativos negros desde a chegada dos primeiros europeus, no fim do século XV.

Em 1948, o Partido Nacional ganhou as eleições legislativos e a segregação racial se tornou uma política oficial de estado. Desta forma, o cidadão era registrado por raça e era proibido o casamento entre pretos e brancos.

Placas indicavam áreas para brancos e para pretos – que deveriam, obrigatoriamente, carregar um caderneta de informações pessoais.

Quando Frederik venceu em 1989, ele iniciou as mudanças que acabariam com o apartheid no país. Ele tirou da ilegalidade o Congresso Nacional Africano, movimento político de Mandela que havia sido banido em 1960 e soltou o político e outras lideranças que estavam detidas.

*Com informações do g1 e CNN Brasil