Guerra

Ucrânia acusa Rússia de bombardear maternidade; russos negam

A Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um hospital infantil na cidade portuária de Mariupol.…

Retirada de civis de Mariupol por corredor humanitário volta a falhar na Ucrânia (Foto: Reprodução - Câmara Municipal de Mariupol)
Foto: Reprodução - Câmara Municipal de Mariupol

A Ucrânia acusou a Rússia de bombardear um hospital infantil na cidade portuária de Mariupol. O ataque teria acontecido nesta quarta-feira (9), durante um cessar-fogo acertado para permitir que civis presos na cidade pudessem escapar.

De acordo com informações da Reuters, os russos haviam afirmando que abaixariam as armas para permitir que milhares de civis pudessem deixar cidades sitiadas nesta quarta. Entretanto, a Câmara Municipal da cidade afirmou que o hospital foi atingido diversas vezes por um ataque aéreo. Em uma publicação online, a casa legislativa disse que a destruição foi “colossal”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, classificou o bombardeio como uma atrocidade. No Twitter, ele afirmou: “Ataque direto do Exército russo ao hospital-maternidade. Pessoas, crianças estão sob os destroços”.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia publicou imagens que seriam do hospital, um prédio de três andares, com buracos onde as janelas deveriam estar. Além disso, haviam grandes pilhas de escombros fumegantes.

O governador da região de Donetsk disse que 17 pessoas ficaram feridas, incluindo mulheres em trabalho de parto. Entretanto, a informação ainda não foi confirmada.

Resposta da Rússia

O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, questionado pela imprensa sobre o suposto ataque, afirmou que “as forças russas não atiram contra alvos civis”.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, já havia afirmado dias antes que a Rússia violou o cessar-fogo no porto ao sul, que fica entre áreas de separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia e a Crimeia, anexada por Moscou da Ucrânia, em 2014.

“A Rússia continua mantendo 400 mil pessoas como reféns em Mariupol, bloqueando auxílio humanitário e evacuações. O bombardeio indiscriminado continua”, escreveu o ministro, no Twitter. “Quase 3 mil recém-nascidos não têm remédios e comida”.

Com informações de Agência Brasil