DE ESQUERDA?

“A favor das drogas” e “comunista”, diz Salles sobre Moro

Durante entrevista na rádio Jovem Pan, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que…

Valdemar fará Salles escolher entre mandato ou candidatura a prefeito, dizem aliados
Valdemar fará Salles escolher entre mandato ou candidatura a prefeito, dizem aliados (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

Durante entrevista na rádio Jovem Pan, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que Sergio Moro é comunista e “a favor das drogas”. O depoimento ocorreu no programa Morning Show, desta quarta-feira (24).

“O cara aceitou ser político, aceitou ser ministro do Bolsonaro, sabendo que não tinha nada a ver com o governo, que ele é de esquerda, que ele é contra as armas, ele é a favor de droga. O Moro é comunista. Vai dizer que o Moro não é de esquerda? O Moro é um tucano [do PSDB]”, declarou na rádio.

Ainda segundo ele, a política de Moro é da dissimulação e traição. “Com relação ao que é diferente da política do Sergio Moro, é a política da dissimulação, da traição.”

Ricardo Salles pediu exoneração do ministério do Meio Ambiente em junho deste ano. O substituto foi ex-secretário da Amazônia e Serviços Ambientais da pasta, Joaquim Álvaro Pereira Leite.

Alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), ele alegou, à época, que estava sob pressão e justificou motivos familiares para deixar o cargo, apesar do respaldo do Palácio do Planalto.

Moro deixou o governo com críticas

Em abril de 2020, durante coletiva em que anunciou a decisão de se demitir do cargo de ministro da Justiça, Moro condenou a interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal e disse que, nos governos Lula e Dilma, a Polícia Federal (PF) tinha autonomia.

Ainda naquele momento, o ex-juiz disse que o presidente não apresentou argumentos técnicos que justificassem a exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial daquele mês.

“Falei com presidente que seria interferência política, e ele disse que seria mesmo. Presidente me disse mais de uma vez expressamente que queria ter uma pessoa do contato dele, que ele pudesse ligar, ter informações, colher relatórios de inteligência. Seja diretor, seja superintendente, não é papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. Imagina se durante a própria Lava-Jato, ministro ou diretor-geral, ou a presidente Dilma ou o ex-presidente Luiz (Lula) ficassem ligando para o superintendente…. Autonomia da PF é valor fundamental. Grande problema não é quem entra, mas por que alguém entrar. Eu fico na dúvida se vai conseguir dizer não (a Bolsonaro) em relação a outros temas”, declarou.

Já em 10 de novembro deste ano, o ex-ministro da Justiça se filiou ao Podemos e deu sinais claros de que será candidato à presidência, em 2022. Em discurso, ele declarou que, “se for necessário assumir a liderança nesse projeto, meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro”.  

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