JUDICIÁRIO

Advogado nega que ex-vereador Amarildo queira adiar cumprimento de prisão

Condenado a cinco anos e dez meses de prisão, em regime semiaberto, por desvios praticados…

Apesar de não ter se apresentado, defesa nega que Amarildo não esteja foragido
Apesar de não ter se apresentado, defesa nega que Amarildo não esteja foragido

Condenado a cinco anos e dez meses de prisão, em regime semiaberto, por desvios praticados contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ex-vereador de Goiânia Amarildo Pereira vai se apresentar à Justiça assim que for intimado, afirma o advogado Leandro Silva, que cuida da defesa dele. Leandro nega que Amarildo esteja adiando a sua apresentação para cumprir a pena.

Com sentença confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste mês, ele teve prisão decretada em 7 de outubro. No mesmo dia, Leandro deu carga no processo para assumir a defesa e ter acesso aos autos.

“Ainda não houve publicação do ato. Pode ser que o ocorra ainda hoje [terça-feira (13)]”, declara. Segundo Leandro, caso de Amarildo, em que a condenação foi regime semiaberto, o trâmite normal é que ele compareça, após a intimação, para colocar a tornozeleira ou para prisão domiciliar. “E hora nenhuma ele se furtou ou fugiu”, reforçou. “Quando houver intimação, faremos tudo dentro do prazo.”

Inclusive, o advogado adianta que irá apresentar ações revisionais, que são utilizadas após o trânsito em julgada para questionar o teor da decisão. “Vamos trabalhar todas as teses. Mas Amarildo está à total disposição do poder Judiciário.”

Caso

Inicialmente, ele foi condenado a 11 anos e 2 meses de prisão, mas o Tribunal de Justiça reconheceu prescrição de crimes de peculato e formação de quadrilha, reduzindo o tempo de pena. Depois disso, a defesa solicitou nova revisão do caso, pedido que foi negado pelo STF.

O esquema do qual o então vereador participou, envolvia a liquidação irregular de cheques que deveriam ser utilizados para pagamentos de servidores do INSS, bem como falsificação de guias de recolhimento. Os desvios, na ordem de R$ 7 milhões, foram realizados na Câmara Municipal e na Companhia Municipal de Obras (Comob). A verba seria destinada para financiamento da campanha de Amarildo.

Em entrevista ao Mais Goiás no dia 8 de outubro, Leandro Silva já tinha afirmado que a sentença que decretou a prisão de Amarildo seria cumprida.