Goiânia

Alvo de operação policial, Alisson Borges fala em ‘perseguição’ na despedida da Comurg

À servidores, ex-presidente garante que pode justificar valores encontrados em residência

Alisson Borges, ex-presidente da Comurg (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

Agora ex-presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Alisson Borges passou o bastão para o vice-presidente do órgão, o advogado Rodolpho Bueno, que assumirá a empresa interinamente até que o Conselho Gestor se reúna. Em sua despedida, o ex-gestor reuniu os servidores no auditório da companhia na manhã desta segunda-feira (25) e chegou a falar em “perseguição política” quanto à operação da Polícia Civil que ocorreu na última quarta-feira (20).

Aos servidores, Borges disse que Rodolpho têm as bênçãos de Rogério Cruz para assumir interinamente o cargo e que já iria efetuar sua desincompatibilização por conta do período eleitoral, já que deseja se candidatar a vereador nas eleições em 2024. Exatamente por isso, sofreu uma “represália eleitoral”. Justificou, inclusive, que os quase meio-milhão de reais encontrados em sua residência já estavam incluídos na prestação feita ao declarar Imposto de Renda.

Rodolpho Bueno vai assumir a condição de interino até que o Conselho Gestor se reúna para validar o seu nome ou nomear outro profissional para o cargo, mas de acordo com a assessoria de comunicação da Comurg, o colegiado ainda não definiu a data da reunião.

De acordo com o Art. 31 do Estatuto Social da Comurg, o Conselho de Administração é composto por um número mínimo de 3 (três) e um máximo de 11 (onze) membros, eleitos pela Assembleia-Geral. Os sócios são a Saneago, o Ipasgo e a Prefeitura.

O Mais Goiás tenta entrevista com o ex-presidente da Comurg, Alisson Borges para dar suas explicações quanto a operação e também sobre seus projetos para o restante do ano, mas não obteve retorno. Ele é um dos 9 nomes da administração Rogério Cruz (Republicanos) que estavam de olho na desincompatibilização do cargo para concorrer nas eleições.

Além dele, o presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Luan Alves, outro envolvido na operação, também deixou o cargo sob justificativa que vai se dedicar à pré-candidatura de vereador nas eleições de 2024.