ENTREVISTA

Aparecida: prefeito estuda dois modelos de escalonamento para comércio

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), ainda estuda o tipo de escalonamento que a…

Aparecida de Goiânia estuda dois modelos de escalonamento
Aparecida de Goiânia estuda dois modelos de escalonamento

O prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), ainda estuda o tipo de escalonamento que a cidade deve adotar a fim de conter a disseminação do novo coronavírus. A flexibilização, então, continua, apesar das possíveis mudanças. Gustavo já deixou claro que o fechamento do comércio da cidade ocorrerá quando houver 70% dos leitos destinados à covid-19 ocupados. Atualmente, a ocupação é de 12%. No último dia 4, era de 9,3%.

“Temos 123 leitos, sendo que 60 são de semi UTIs e o restante UTIs. Temos 12% desses leitos destinados ao Covid-19 ocupados e estamos trabalhando para ampliar ainda mais, e, além disso, também a testagem.” Segundo Mendanha, a cidade tem feito 300 testes para o coronavírus por semana. A meta do prefeito é fazer 300 por dia. “Inclusive por drive thru, para identificar pessoas que possam ter o contágio, ter sintomas e talvez estejam contaminadas e contaminando outras.”

Escalonamento

Segundo Gustavo, dois modelos de escalonamento podem ser aplicados em Aparecida. Estes podem ser “dia sim e dia não”, ou alguns dias seguidos e o alguns fechados, ininterruptos.

A divisão será por atividade econômica. “Poderíamos fazer segunda, quarta e sexta, algumas atividades”, explica sobre a primeira escala e continua: “Por exemplo: quem vende sapato, quem vende roupa, quem vende joia; já na terça, quinta e sábado outros tipos de atividade.”

A outro tipo seria na mesma linha. O intuito, é reduzir as aglomerações. “Nós vamos dividir para tirar um número de pessoas das ruas. A ideia é realmente ter menos pessoas em trânsito, e as pessoas entenderem esse momento delicado que nós vivemos”, reforça. “O número de doentes está aumentando e nós precisamos ter algumas medidas para coibir isso e, principalmente, para que aquelas pessoas que não acreditam na doença possam ter responsabilidade e nos ajudar.”

Inclusive, Mendanha informa que já começou a realizar algumas reuniões para tratar o assunto. As primeiras, ele diz, foram feitas com proprietários de indústria. “[Mas] vamos fazer também com proprietários de comércio.”

Aglomerações

Um dos pontos de concentração de comércio na cidade é Avenida Igualdade, no setor Garavelo. Gustavo afirma que a região é uma das que mais geram preocupação e que é possível realizar o piloto do escalonamento no local. “Mas a ideia é fazer em toda a cidade.”

Apesar de destacar esse local, o prefeito de Aparecida relata que a preocupação que o motivou a cogitar o escalonamento diz respeito a todos os pontos onde o comércio é forte. “Não é só a Avenida Igualdade, mas a região do Jardim Tiradentes, Centro de Aparecida, região da Vila Brasília… Onde têm um comércio mais forte nós estaremos fiscalizando para que possamos coibir práticas erradas e o aumento do número de pessoas contaminadas na cidade.”

Medidas

Gustavo aproveitou a conversa com o Mais Goiás para informar sobre algumas medidas na cidade. Segundo ele, a prefeitura começará a distribuir máscaras; tem feito trabalho de fiscalização ostensivo e permanente (em todos os canais da prefeitura), fechamento de parques, praças e mais. “E o escalonamento será uma medida importante para que nós possamos reduzir o fluxo de pessoas nas ruas.”

De acordo com o gestor, uma medida que está quase aprovada é a multa para pessoas que estiverem sem máscara nas ruas. “E é bom dizer que, se avançarmos para isso, esse valor será revertido para compra de alimentos e cestas básicas para as pessoas mais carentes do município.”

Reunião

Já sobre o encontro com o governador Ronaldo Caiado e videoconferência na segunda-feira (18), ele diz que deixou claro a posição de Aparecida em manter a flexibilização, com fiscalização rigorosa e outras práticas. “Entendo a posição do governador, até porque a maioria das cidades não tem hospitais próprios – ele mesmo disso isso – , apenas Aparecida, Goiânia e Anápolis… Então realmente está preocupado e tem toda razão. Mas o caso de Aparecida é local, outra realidade, e nós estaremos enfrentando essa pandemia com muita responsabilidade, mas conscientes e chamando atenção de todos para que não tenhamos que fechar o comércio novamente.”

Por fim, o prefeito afirma que é importante reforçar que a doença é grave e que é preciso responsabilidade. “Mas se não existir a compreensão, se chegarmos a 70% dos leitos ocupados, nós não esperaremos decreto de presidente ou do governador para fechar a cidade”, garantiu.