‘Boicote’ de vereadores oposicionistas preocupa iniciativa privada: “Não podem travar Goiânia”
Setor teme que queda de braços seja prejudicial à cidade
Representantes da iniciativa privada e setores organizados da sociedade pretendem manifestar junto ao comando da Câmara Municipal de Goiânia a insatisfação frente aos recentes episódios que travam a pauta de votação e criam obstáculos para formalização de legislações fundamentais para a economia da capital.
Líderes de entidades classistas lamentam, por exemplo, que a atualização no setor de tecnologia, como a legislação sobre antenas do 5G, esteja engavetada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Vereadores há nove meses, o que trava a expansão do serviço. O tema foi revelado em editorial de um veículo de comunicação durante a semana, e causou grande impacto.
As entidades classistas também veem com preocupação os rumos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura irregularidades na Comurg. Os dois recentes pedidos de impeachment contra o prefeito Rogério Cruz foram avaliados como “gestos de total pirotecnia”. Argumentam que foram inconsistentes, amadores, sem valor jurídico.
“Percebe-se o crescimento da chamada politicalha, a política em seu nível mais baixo, em especial junto aos vereadores de oposição ao prefeito Rogério Cruz, que passaram a usar a CEI para arquitetar o impeachment, num gesto que depõe contra os interesses da sociedade”, diz um empresário.
Segundo avaliam, a importância de Goiânia no cenário nacional não mais admite “comportamentos políticos primitivos”, que já deveriam estar sepultados no século 21. “Como muito bem disse um jornal da capital, quando a crítica vira boicote, os prejudicados são os moradores”, alerta um dirigente classista. “Enquanto isso, o município fica travado, especialmente quando se coloca o interesse pessoal e imediatista acima das grandes questões coletivas”, finaliza.