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Candidata reclama que não recebeu repasse do fundo partidário em Goiás: “Será porque sou mulher e preta?”

A candidata à deputada estadual Ana Paula Ribeiro (PSD) denuncia que o partido não lhe…

Candidata reclama que não recebeu valor total de repasse do fundo partidário para campanha em Goiás
Candidata reclama que não recebeu valor total de repasse do fundo partidário para campanha em Goiás (Foto: Divulgação)

A candidata à deputada estadual Ana Paula Ribeiro (PSD) denuncia que o partido não lhe repassou os recursos prometidos para sua campanha. Ana Paula sugere que houve restrição do comando da legenda, que é presidida pelo candidato a senador Vilmar Rocha. Entretanto, a sigla disse que o partido não fez nenhuma promessa e que não aceita ou compactua com qualquer tipo de preconceito ou discriminação.

“O valor prometido não paga o valor mínimo para uma campanha de deputada estadual. Como se não bastasse, quando o dinheiro que caiu na conta da campanha veio menor que o valor prometido em reunião. Meu sentimento é de que já somos selecionados e desclassificados na distribuição do recurso, não importa a classe social que você está: nascer mulher e preta em um país estruturalmente racista e machista requer muita estrutura emocional”, afirmou.

Segundo ela, a princípio foi feito o compromisso de ser repassado o valor de R$ 100 mil, depois em reunião cerca de R$ 45 mil, mas no dia 5 de setembro foi feito a transferência  para a sua campanha de apenas R$ 40 mil. Ana Paula cita que disponibilizaram mais recurso para as candidatas brancas dentro da legenda partidária.

Segundo a candidata, ela se comprometeu com o PSD a convidar outras mulheres a se filiarem ao partido e ingressar na campanha. Em contrapartida o PSD lhe faria o repasse do fundo eleitoral para que sua candidatura se viabilizasse. “Isso, infelizmente, não aconteceu”, lamentou.

Procurado pelo Mais Goiás, o PSD informou que, em relação aos repasses, o partido não fez nenhuma promessa de valor aos candidatos. Isso porque a direção nacional não havia indicado quanto seria destinado a Goiás. Afirmam ainda que, em relação aos valores repassados ao Estado, foram estabelecidos critérios para a divisão entre eles o principal é ter mandato, os demais são avaliações internas do partido.

O PSD reforçou ainda que “não aceita ou compactua com qualquer tipo de preconceito ou discriminação por causa de cor e gênero, tanto que o partido conta com movimentos como PSD Mulher, PSD Afro, PSD Direitos Humanos, PSD Cidadania, entre outros, justamente para valorizar, incentivar e discutir questões como essas na política”.