Eleições 2018

Candidatos do PT são acusados de boca de urna e compra de votos em Anápolis

Uma confusão entre eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e candidatos petistas chamou a atenção…

Uma confusão entre eleitores do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e candidatos petistas chamou a atenção de quem estava ou comparecia para votar na Escola Municipal José de Assis, no Bairro de Lourdes, em Anápolis. O imbróglio teve início quando Professora Geli, que concorre Senado, acompanhada de correligionários como a governadoriável Kátia Maria (PT) e do concorrente à Câmara Federal, Rubens Otoni, saiu da zona eleitoral. Já do lado de fora, os candidatos foram acusados de realizarem compra de votos e boca de urna (vídeo) por pessoas com camisetas do Capitão reformado do Exército e também da Seleção Brasileira de Futebol. A Polícia Militar foi acionada, mas após verificação de representantes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Ministério Público Eleitoral, os políticos foram dispensados.

Segundo a chefe do cartório eleitoral da Zona 141, que abarca o referido colégio, Patrícia Junqueira de Melo, tudo se tratou de um simples “bate-boca”. “Não houve nada, só bate-boca.  A polícia conseguiu resolver, junto com o promotor Luís Fernando Ferreira de Abreu, que também estava na hora.  Ninguém foi preso. Houve apenas hostilidade, checamos com o presidente da mesa onde votaram e disse que não teve nada e todos foram dispensados”.

Responsável pelo policiamento estadual voltado para as eleições, o coronel Anésio Barbosa da Cruz Júnior, corrobora a afirmação de Patrícia. “A PM foi acionada, o MPE também. Recebemos a informação, fomos ao local, registramos a denúncia e encaminharemos relatório à Justiça Eleitoral. Ninguém foi preso, todos foram liberados e assim que surgir oportunidade, autoridades deverão apreciar nosso relatório”, disse, sem dar mais detalhes.

De acordo com Geli, tudo ocorreu após a comitiva chegar de Senador Canedo, onde Kátia votou. “Estamos cumprindo agenda e o compromisso seguinte era em Anápolis, onde eu votaria. Foi tudo certo, mas na hora de ir embora, umas pessoas vieram nos acusar de boca de urna e compra de votos. Todas essas são declarações falsas, o que também foi constatado pela PM, MPE e Justiça Eleitoral. Com tudo resolvido, saímos de lá tranquilamente para honrar os compromissos da tarde”.

Kátia, mais incisiva, atribuiu a iniciativa a “bolsominions desesperados”. “Ao sairmos de lá, fomos abordados por um grupo do Bolsonaro, que, em uma ação desesperada, deselegante e desrespeitosa, nos acusaram de crimes eleitorais. Autoridades constataram que não houve nada e até a comunidade nos foi solidária. Tudo fake news, tem até conversa de que o Rubens foi preso, o que também não é verdade”.

A redação não conseguiu contato com Otoni.