BASTIDORES DO PODER

Candidaturas “midiáticas” levam vantagem, mas não garantem eleição, avalia cientista política

Conhecidos pelos goianos por serem âncoras de programas de TV importantes em Goiás e com…

Candidaturas
Candidaturas "midiáticas" levam vantagem, mas não garantem eleição, avalia cientista política (Fotos: Reprodução)

Conhecidos pelos goianos por serem âncoras de programas de TV importantes em Goiás e com milhares de seguidores nas redes sociais, os jornalistas Matheus Ribeiro e Silvye Alves são as grandes apostas do PSDB e do União Brasil para disputarem cadeira na Câmara Federal nas eleições de outubro. Nenhum deles tem histórico de trabalho político no Estado e é a primeira vez que se filiam a um partido político. Matheus ingressou ao PSDB a convite do ex-governador Marconi Perillo, em março, já estrelando vídeos do partido nas redes sociais. Já Silvye foi convidada para o UB pelo governador Ronaldo Caiado e pela primeira-dama, Gracinha Caiado. Artistas, jornalistas e mais recentemente, influenciadores digitais, são figuras buscadas durante as eleições por serem apostas de “puxadores de voto”, o que pode ajudar a eleger candidatos com pouca votação. Apesar da grande audiência dos dois jornalistas, a cientista política Ludmila Rosa afirma que isso não é garantia de eleição. “Não é só o conhecimento que o público tem do candidato, mas também o diálogo e produção de conteúdos com mensagens capazes de conseguir votos dos seguidores”, explica.

Tem base?

A cientista política lembra que Matheus e Silvye terão candidaturas inéditas e, por isso, podem não contar com uma base eleitoral tradicional, composta por lideranças regionais, vereadores e prefeitos, o que faz a diferença na campanha de deputado federal. “Serão candidaturas que explorarão ao máximo suas plataformas digitais, então, será preciso estratégia e conversão dos perfis públicos em perfis públicos com performance política. É um desafio, mas que nem de longe se mostra impossível”, avaliou.

Conversão

Ludmila frisa ainda que mais importante que “o milhão de seguidores” e que quantidade de “likes” é a dinâmica da campanha e a capacidade de conseguir passar suas bandeiras e propostas para o eleitorado através das redes e transformar seguidor em voto.

Nome antigo

A ala do PSDB de Goiás que quer Marconi Perillo como candidato a governo de Goiás novamente, também ventila o nome de Jalles Fontoura para ser vice do ex-governador. Jalles e seu irmão, Otavinho Lage, sempre foram aliados de Marconi e compõem o time antigo do tucanato em Goiás .

Fumaça preta

Com chances de ser anunciado como o pré-candidato ao Senado na chapa de Gustavo Mendanha nos próximos dias, o deputado federal João Campos tem se mantido em silêncio. Um dos motivos seria o mal estar que sua decisão causou nos Republicanos em Goiás.

Relevância

Marconi Perillo foi convidado pela cúpula nacional do PSDB para integrar a executiva nacional do partido. A posse deve ocorrer na próxima semana, em Brasília