Política

Centrão engoliu todo bolsonarismo

General Augusto Heleno colocou o rabo entre as pernas e tergiversou ao ser instigado a…

General Augusto Heleno, chefe do gabinete militar da presidência da República (Foto: Reprodução)
General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (Foto: Reprodução)

General Augusto Heleno colocou o rabo entre as pernas e tergiversou ao ser instigado a repetir a crítica que já tinha feito ao Centrão. Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional disse: “Sobre o Centrão, aquela brincadeira que eu fiz foi numa convenção do PSL na campanha eleitoral. Naquela época existia à disposição, na mídia, várias críticas ao Centrão. Não quer dizer que hoje exista Centrão. Isso foi muito modificado ao longo do tempo. E eu não tenho hoje essa opinião. E não reconheço hoje a existência desse Centrão. Então, naquela época… É uma situação de evolução de opinião. Isso aí faz parte do show político”.

Pois é, encarnou o Rolando Lero. Jogou de um lado, jogou do outro, ensaboou um tanto, deu duas voltas no quarteirão e não disse nada. Não conseguiu repetir a crítica de outrora.

Na campanha presidencial de 2018, falando aos filiados do PSL, Heleno tentou ser engraçado. Adaptou o clássico Reunião de Bacana, composição de Ary do Cavaco e Bebeto Di São João e imortalizada na interpretação do Exporta Samba, e cantou: “se gritar pega Centrão, não fica um, meu irmão”.

Hoje, o ministro oriundo da caserna não tem coragem de repetir o verso. A motivação é clara: Jair Bolsonaro depende do Centrão para permanecer na cadeira que ocupa.

E para agradar essa base parlamentar que esbanja coerência, afinal está sempre alinhada ao poder, o Palácio do Planalto não poupa recursos. Literalmente. O orçamento paralelo ainda pouco explicado e articulado pelo ministro Braga Netto é prova cabal disso. Para evitar um impeachment, Bolsolão e Tratoraço neles.

Ao ficar pianinho com o Centrão, general Heleno repete a práxis bolsonarista quando afrontada. Essa rapaziada é tigrão na rede social, mas totalmente tchutchuca quando interpelada pela realidade. Coisa de gente frouxa, né?

Enquanto isso, a letra Reunião de Bacana continua ecoando: “Se gritar pega ladrão…”.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Reprodução