Reordenamento

Com reforma administrativa, UEG sofrerá redução de 41 para oito campus

Foi apresentada, nesta sexta-feira (17), a reforma administrativa da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Entre…

Foi apresentada, nesta sexta-feira (17), a reforma administrativa da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Entre as principais mudanças está o reordenamento de campus. Atualmente são 41 e após as alterações serão apenas oito.

De acordo com o reitor da UEG, o procurador do estado Rafael Borges, as demais 33 unidades ficarão subordinadas aos oito campus. As principais unidades, ou seja, as mais estruturadas, se tornarão sedes regionais.

Os oito campus da UEG serão para cada região do Estado.  A Divisão de Regiões já é existente na UEG. Cada uma das demais Unidades Universitárias passam a ser ligadas a um dos oito campus. A direção da UEG informou que não haverá fechamento de nenhum campus/unidade universitária.

Os campus ficaram distribuídos da seguinte forma: Campus Metropolitano; Campus Central; Campus Norte; Campus Nordeste; Campus Cora Coralina; Campus Leste; Campus Sudoeste e Campus Sudeste.

Será criada uma coordenação única para cada curso para evitar distorções entre os mesmos cursos dentro da UEG.  Um dos exemplos citados de diferenças é o curso de Administração, cuja duração do curso apresenta variações dependendo de onde é ofertado.

“Eu tenho certeza absoluta. Vocês vão ver a nova UEG até o final do nosso governo. Ilegalidades eram aceitas, acolhidas, isso é inaceitável. Queremos um processo de Compliance, de transparência, saber o currículo correto para cada curso”, afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).

Redução de unidades

O reitor da UEG fez uma apresentação no Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Segundo o procurador, há campus que possuem 186 alunos e outros com 1982 alunos. E os dois têm o mesmo peso no Conselho Superior Universitário (CsU). Rafael Borges fez várias críticas em relação ao CsU. Foi destacado que muitas decisões foram tomadas do ponto de vista político, não pensando na qualidade de ensino da instituição.

Ao Mais Goiás, o reitor Rafael Borges disse que em vários casos foram abertos cursos em determinadas regiões e não foi levado em consideração a vocação econômica local. Em muitos casos há baixa procura de estudantes.

Auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) constatou que, entre 2015 e 2018, 30 cursos foram abertos sem qualquer planejamento ou estudo de impacto financeiro. A argumentação é que os cursos foram abertos sem corpo docente efetivo para lecioná-los e sem vocação regional.

Os cursos não serão extintos num primeiro momento, mas haverá uma avaliação. Caso se decida por isso, os estudantes não serão prejudicados, eles terão a oportunidades de concluir o curso.  Mas esta questão ficará para uma próxima etapa da reforma, que deve acontecer em até dez meses.

 

Institutos Acadêmicos

Com a reforma, serão criados institutos acadêmicos para que ocorra a discussão de temáticas de ensino em áreas específicas na UEG. Rafael Borges argumentou que os diretores atualmente conseguem dar uma panorama apenas dos cursos ofertados nas próprias unidades. Foi argumentado que não existe uma visão global da Universidade Estadual de Goiás do ponto de vista acadêmico.

O procurador ainda destacou que é como se fossem 41 unidades independentes. Ele citou dois exemplos. O primeiro no curso de História, em que a grade curricular não é a mesma para toda a Universidade, mas é específica de acordo com cada unidade. O segundo exemplo é no curso de Administração, em que em diferentes campus a duração da graduação é distinta, em alguns locais quatro anos e meio, em outros quatro anos.

Haverá a criação de 5 Institutos:

1) Instituto Acadêmico de Educação e Licenciaturas;

2) Instituto Acadêmico de Ciências da Saúde e Biológicas;

3) Instituto Acadêmico de Ciências Tecnológicas;

4) Instituto Acadêmico de Ciências Sociais Aplicadas;

5) Instituto Acadêmico de Ciências Agrárias e Sustentabilidade;

Os diretores de Instituto são professores efetivos da UEG e serão eleitos em lista tríplice. Eles vão fazer parte do CSU, órgão que passa a ter discussões pautadas na melhoria da Academia e não apenas a atender interesses políticos locais, segundo avaliação do governo.  O CSU deixará de ter 71 membros e passará a ter 42.

O reitor da UEG disse que haverá um Coordenação de Curso Central para cada curso da Universidade, para pensar a gestão de modo mais geral, e não apenas em relação a determinada localidade.

Foi anunciado que passa a haver remuneração do Coordenador de Programa Stricto Sensu – Valorização do profissional e da pesquisa da Universidade.

Conselho de Gestão

Outra mudança será a criação do Conselho de Gestão. Ele foi extinto em 2017, mas antes disso, segundo o reitor Rafael Borges, nunca havia sido planejado efetivamente. O Conselho visa monitorar todas as decisões dos demais conselhos que impliquem aumento de despesa na Universidade