Capital

De janeiro a abril, receita da Prefeitura de Goiânia foi de R$ 1,44 bilhão

O prefeito Iris Rezende (PMDB) prestou contas do primeiro quadrimestre de 2017 aos vereadores na…

O prefeito Iris Rezende (PMDB) prestou contas do primeiro quadrimestre de 2017 aos vereadores na manhã desta segunda-feira (29), durante reunião da Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia. Além disso, o chefe do executivo municipal ouviu e respondeu os vereadores por quase quatro horas. Diferente de Paulo Garcia, Iris exigiu a presença do secretariado durante a prestação de contas.

De acordo com os números apresentados pelo prefeito, de janeiro a abril deste ano, a receita do município foi de R$ 1,44 bilhão, 1,52% menor do que a receita no mesmo período de 2016. A maior fonte de arrecadação foi o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), que contribuiu com R$ 258 milhões da receita total.

Em sua fala inicial, Iris voltou a expor as condições em que recebeu a Prefeitura. “Não foram meses fáceis. Trabalhei 18 horas por dia para resolver diversos problemas, como telefones cortados, salários da Saúde atrasados e fornecimento de combustíveis suspenso”, lembrou o prefeito. Iris classificou a situação como “cenário de caos”.

Ainda de acordo com Iris, foram aplicados no primeiro quadrimestre de 2017 mais de 356,4 milhões na saúde. O Resultado Primário, que é apurado pela diferença entre as receitas e despesas, excluídas as operações de crédito e aplicações financeiras, alcançou R$ 245,9 milhões.

As despesas com pessoal no primeiro quadrimestre deste ano somaram R$ 680 milhões. Os dados apresentados apontam ainda que as despesas com ações de educação alcançaram, de janeiro a abril de 2017, o total de R$ 209,5 milhões. Vale lembrar que a Prefeitura continua no vermelho.

Questionamentos

A prestação de contas foi presidida pelo presidente da Comissão Mista da Casa, vereador Lucas Kitão (PSL). Durante a sessão, os vereadores questionaram o prefeito sobre regulamentação do aplicativo Uber na capital e Iris afirmou que pretende enviar um Projeto de Lei à Câmara para resolver este problema.

O prefeito também foi questionado sobre obras paralisadas na Capital, aumento no número de vagas da Educação infantil e transporte coletivo. O vereador Paulinho Graus (PDT) perguntou a Iris sobre as obras de manutenção na Marginal Botafogo, e o prefeito garantiu que as intervenções serão realizadas nos próximos meses de seca.

Além disso, ele afirmou que todas as obras paradas tenham continuidade nos próximos 60 dias. Em relação à Educação, Iris afirmou que a prefeitura está analisando se é mais barato investir em novos Cmeis ou pagar por vagas ociosas em escolas particulares.

Na oportunidade, o tema transporte coletivo também foi muito debatido e o prefeito chegou a dizer que poderá municipalizar o serviço. “Anarquizaram no transporte coletivo de Goiânia. Começaram a dar desconto e o poder público não entrou com o que prometeu. Se continuarem nesta brincadeira, vou cuidar de um transporte interno de Goiânia. Sei que essa é a vontade do prefeito de Aparecida de Goiânia também”, disse Iris.

Sessão

Para Lucas Kitão, a prestação de contas – a segunda realizada por Iris nesta gestão – foi mais técnica que a primeira. “Da outra vez em que o prefeito esteve na Casa, ele foi muito político. Desta vez apresentou dados mais concretos, mas ainda senti falta de mais clareza em relação a quanto há no caixa da prefeitura. Além disso, vemos que há dificuldade na prestação de serviços básicos como Saúde e Educação”, disse o presidente da Mista.

Questionado sobre a assinatura do contrato com a empresa vencedora da licitação para operar fotossensores em Goiânia, Iris marcou, durante a sessão, uma reunião, nesta terça-feira (30), às 10h, com o vereador Elias Vaz, presidente da Comissão Especial de Inquérito da Câmara que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Trânsito Transporte e Mobilidade (SMT). Entretanto, o prefeito adiantou que pretende assinar o contrato o mais rápido possível.