Política

Defesa de Marconi classifica como ‘benéfica’ a audiência de instrução sobre acusação de caixa 2

A defesa do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), classificou como “benéfica” a audiência de…

Defesa de Marconi classifica como 'benéfica' a audiência de instrução sobre acusação de caixa 2
Defesa de Marconi classifica como 'benéfica' a audiência de instrução sobre acusação de caixa 2

A defesa do ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), classificou como “benéfica” a audiência de instrução e julgamento sobre o processo em que o tucano é acusado de caixa dois durante a campanha eleitoral de 2006. O político foi ouvido na tarde da última terça-feira (5), no Fórum Criminal de Goiânia, por mais de três horas. A sessão foi presidida pelo juiz Wilson Dias da Silva, da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas.

Romero Ferraz, um dos advogados de Marconi, conta que nove testemunhas foram ouvidas durante a audiência. Oito delas eram de defesa e uma de acusação. O defensor conta que Perillo “deixou bem claro que nunca fez ou praticou nenhum ato ilícito, muito menos no âmbito desse processo eleitoral.”

“Ele também refutou e explicou as acusações feitas pelo Ministério Público e também as alegações das testemunhas. Nunca houve qualquer fato que permita um denúncia desse tipo. Tampouco uma condenação. Claro que isso depende da avaliação do juiz, mas acredito que a audiência foi extremamente benéfica à defesa”, destaca.

A audiência é sobre o mesmo caso em que o também ex-governador de Goiás – e atual deputado federal -, Alcides Rodrigues (Patriotas) foi condenado a dez anos e dez meses de prisão. Consta na denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral que houve a contratação da empresa Multcooper para que ela contratasse pessoal para trabalhar durante a campanha de 2006.

Segundo a denúncia, o valor pago à empresa era de cerca de R$ 598 mil e seria dividido entre Alcides e Marconi. Entretanto, no registro de prestações de conta do tucano consta o pagamento de R$ 416 mil à Multcooper. O documento do MP Eleitoral aponta que teriam sido feitas notas frias para dar legalidade ao processo. Além disso, teria havido a manipulação de valores da campanha para carros de som e panfletagem. E a alteração de contratos. Porém, o caso corre em segredo de Justiça.

Romero afirma que nada disso aconteceu.”Nesse referido ano, as contas do então governador foram aprovadas. Está tudo certo. Também ficou demonstrado que as pessoas que eram servidoras e trabalharam para o então governador  realizaram seus serviços durante licença premium ou enquanto estava de férias. Ninguém trabalhou em horário de expediente”, afirma.

A defesa destaca que o processo entra em fase de manifestações complementares e entra nas fases finais de alegações e, posteriormente, sentença.