COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO

Deputado goiano pede e Câmara convida Salles para explicar acusações

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal aprovou, nesta quarta (23), requerimento…

Valdemar fará Salles escolher entre mandato ou candidatura a prefeito, dizem aliados
Valdemar fará Salles escolher entre mandato ou candidatura a prefeito, dizem aliados (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara Federal aprovou, nesta quarta (23), requerimento para que Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, dê explicações sobre a as acusações de envolvimento em crimes e interferência na Polícia Federal. O pedido foi feito pelo deputado federal goiano Elias Vaz (PSB).

Inicialmente, o requerimento solicitava a convocação, mas foi transformado em convite a pedido da base do governo. Salles já deixou de comparecer à Câmara sob alegação de é investigado e poderia se complicar. Elias afirma, que se ele faltar novamente, será pedido, de fato, a convocação. “Ou ele acha que vai continuar passando a boiada e vai ficar por isso mesmo?”

Vale destacar, o delegado da Polícia Federal (PF) Franco Perazzoni foi afastado da chefia da Delegacia de Representação a Corrupção e Crimes Financeiros da PF. Ele comandou, no último mês, uma operação contra Salles. A exoneração saiu no Diário Oficial de segunda (21), mas retroativo a dia 17 de junho.

Salles é o ministro mais blindado do governo. A autonomia da Polícia Federal é ameaçada pelo governo, os profissionais punidos por fazer o correto: investigar crimes. É uma vergonha”, disse Elias sobre a exoneração do delegado.

Investigações

As investigações que renderam buscas e apreensões nos endereços de Salles e outros 21 investigados, foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A apuração, dentre outras coisas, é para saber se o ministro facilitou a exportação de madeira, afrouxando o controle do Ibama.

Ele é suspeito de beneficiar madeireiros em apreensão recorde da Polícia Federal, na divisa do Pará com o Amazonas, de 226 mil metros cúbicos de madeira, avaliados em R$129 milhões. Além da exportação ilegal de madeira, a PF investiga os crimes como corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e contrabando.

Em visita a Goiânia, no começo de junho, Salles disse que é perseguido pela Polícia Federal.