ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Deputado propõe proibição à linguagem neutra na grade curricular

O deputado estadual Cairo Salim (Pros) propôs, nesta terça-feira (24), um projeto de lei que…

Deputado propõe proibição à linguagem neutra na grade curricular
Deputado propõe proibição à linguagem neutra na grade curricular

O deputado estadual Cairo Salim (Pros) propôs, nesta terça-feira (24), um projeto de lei que proíbe a “linguagem neutra” na grade curricular em instituições públicas ou privadas, e concursos, além de dispor “sobre o direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta e orientações legais de ensino, na forma que menciona, no âmbito do Estado de Goiás”.

Destaca-se, segundo exposto pelo parlamentar, a “linguagem neutra” ou “não binária” é aquela que faz uso de troca das terminações nas palavras terminadas em masculino ou feminino (“a” e “o”) por “@” ou “x”. “Segundo os defensores desse dialeto, tratar-se-ia de uma maneira de diminuir o preconceito contra aqueles que não se identificam com o gênero masculino, tampouco com o feminino, os chamados não binários”, escreve Salim.

Desta forma, se aprovada na Assembleia Legislativa, esta lei se aplicaria às redes de educação básica, superior, profissional, científica e tecnológica, pública e privada. Além disso, também valerá para “às provas de exames de ingresso no ensino superior e concursos públicos para acesso aos cargos e funções públicas do Estado de Goiás”.

Salim justifica, ainda, que a lei é importante, pois a “linguagem neutra” ameaça o idioma no ambiente de ensino. “Ciente da problemática situação de confusão do idioma gerada unicamente por motivos ideológicos e com sérias consequências práticas na sociedade, é o presente poder legislativo munido de real fundamento para utilizar de sua competência constitucional e legal, consoante justifica-se a seguir.”

“Os surdos, por exemplo, teriam dificuldade de fazer a leitura labial se o interlocutor fizesse uso da ‘linguagem neutra’; os cegos teriam mais dificuldade ainda de adaptação, uma vez que os softwares de leitura não fazem a tradução não binária; por fim, seria imposto aos disléxicos, que representam sete por cento das crianças em fase escolar, maior dificuldade ainda de leitura. Fora a maioria esmagadora da população, que não entende por que razão a língua portuguesa deveria ser modificada em prol de uma ínfima minoria não binária”, complementa.