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Deputados aprovam venda do Hospital do Servidor em sessão marcada por briga

Em sessão marcada por nova briga entre os deputados Amauri Ribeiro (Patriota) e Major Araújo…

Em sessão com briga, deputados aprovam venda de hospital dos servidores (Foto: reprodução)
Em sessão com briga, deputados aprovam venda de hospital dos servidores (Foto: reprodução)

Em sessão marcada por nova briga entre os deputados Amauri Ribeiro (Patriota) e Major Araújo (sem partido), o plenário da Assembleia Legislativa aprovou em votação definitiva o projeto do governo estadual, que autoriza a venda do Hospital do Servidor Público, em Goiânia, para o Estado.

A unidade é gerida pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) e a previsão é de que seja usada para nova sede do Hospital Materno-Infantil, que estaria com operação acima da capacidade. A atual sede do HMI cederá lugar ao Hospital da Mulher.

O projeto obteve 22 votos favoráveis e nove contrários e foi um dos pivôs da briga entre Amauri Ribeiro e Major Araújo, que já haviam se desentendido na semana passada.

No desentendimento da sessão desta terça (14), Ribeiro teria se ofendido com declarações de Araújo e foi em direção ao parlamentar do PSL, que usava o microfone no momento e, sem citar nomes, disse que “algum jumento ouve e não entende as coisas”. A fala foi proferida durante crítica do deputado à venda do Hospital do Servidor Público.

Enquanto Ribeiro era contido por seguranças, que se interpuseram entre os dois deputados, Araújo chegou a gritar no microfone que “não tinha medo de idiota”.

Defesa da venda do Hospital do Servidor Público

O líder do governo na casa, Bruno Peixoto (MDB), aponta que o projeto visa ampliar o atendimento por meio de policlínicas, que já estariam aprovadas para serem instaladas em diversas regiões do estado.

Segundo ele, o Estado não estaria vendendo e sim ampliando a rede de saúde dos segurados do Ipasgo.

“Vamos dar um presente aos servidores, já que o hospital, na verdade, acarreta em prejuízos ao usuário que, em caso de urgência, tem que se deslocar para ser atendido”, disse.

“Aquele cidadão que mora em cidades do interior e que hoje tem que se deslocar para a capital poderá ser atendido em um lugar próximo à sua casa. Com isso, ainda vamos dar um presente para Goiânia, que é o Hospital da Criança e o Hospital da Mulher”, argumentou.

Votos contrários à medida

Os deputados Major Araújo, Sérgio Bravo (Pros), Lêda Borges (PSDB), Delegada Adriana Accorsi (PT), Antônio Gomide (PT), Delegado Humberto Teófilo (sem partido), Paulo Cezar Martins (MDB), Gustavo Sebba (PSDB) e Alysson Lima (Solidariedade), todos da oposição, registraram votos contrários à matéria.

Antônio Gomide (PT) afirma que o Hospital do Servidor Público é um patrimônio do Ipasgo, construído e mantido por meio da contribuição dos servidores. “Nesse momento, o governador se utiliza da dívida do Estado para a venda do Hospital do Servidor, sendo que uma coisa nada tem a ver com a outra. Falta articulação política”, apontou.