Deputados goianos do União Brasil mantêm independência, apesar de sigla ser contemplada com ministro

Deputado federal, Celso Sabino (União Brasil) é agora ministro do Turismo. Para o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), a troca de comando contribui para a sigla “poder ajudar o governo”. Os parlamentares goianos da sigla, contudo, não pensam em aderir.

O partido tem dois deputado por Goiás: Zacharias Calil e Silvye Alves. A posição, apesar da nomeação do ministro correligionário, será de independência. O congressista, por meio de sua assessoria, reforça que é “muito amigo do ministro”, mas que continuará independente. “Como sempre.” Da mesma forma, a parlamentar, que esteve na posse, diz que não fará parte do governo.

Silvye revela que conheceu Sabino no começo do mandato e que são amigos. “Eu estive hoje na posse dele, porque é um cara que desde o início do meu mandato me tratou com respeito. Fui prestigia-lo. Faz parte do meu partido, União Brasil, e já me antecipou que vai ajudar muito o turismo de Goiás. Isso para mim é essencial. Foi a mesma coisa que ele falou para o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), em Goiás.”

Vale citar, Sabino sucede Daniela Carneiro. Ele é próximo do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL). A escolha visou contemplar a bancada do União Brasil, que não se sentia assim com a ministra anterior. Ela era do partido, mas rompeu.

Já o presidente nacional da legenda, deputado Luciano Bivar, classificou a posse como “emblemática”, mas deixou claro que ela não representa uma “adesão dogmática”. “Dá uma musculatura muito grande de a gente estar cada vez mais integrado à governabilidade deste país. Essa posse do Celso Sabino é muito emblemática com a junção, com o apoio do União Brasil ao governo. Isso não significa que dogmaticamente esteja com o governo. A qualificação do Celso Sabino vai fazer com que haja mais apoio as pautas que dizem respeito ao governo.”

Além do União, o governo federal também aceitou levar o PP e o Republicanos para ministérios. O intuito é ampliar o apoio no Congresso. O PSDB, que chegou a ser ventilado (para, inclusive, isolar o PL do ex-presidente Bolsonaro), já disse que permanecerá na oposição.