‘Dinheiro do rolex foi para Bolsonaro ou 1ª dama’, diz advogado de Cid
"Ele é um assessor que cumpre ordens. O presidente virou para ele e disse 'resolve o problema desse relógio'", disse o advogado Cézar Bittencourt
Em entrevista à Globo News no começo da tarde desta sexta-feira (18), o advogado Cézar Bittencourt, que trabalha da defesa do tenente-coronel Mauro Cid, confirmou que o seu cliente vendeu o relógio Rolex que havia sido dado de presente ao então presidente Jair Bolsonaro – e que deveria ter sido integrado à União, e não ao patrimônio pessoal do chefe do poder Executivo.
“Ele é um assessor que cumpre ordens. O presidente virou para ele e disse ‘resolve o problema desse relógio’. Para bom entendedor, meia palavra basta. O Cid era assessor, e assessor assessora. Cumpre ordens. O dinheiro foi repassado para Bolsonaro ou para primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em espécie”, afirmou Cézar.
Parte do dinheiro resultante da venda do Rolex, cerca de 35 mil dólares, foram depositados na conta do pai do ex-ajudante de ordens, o general Mauro Lourena Cid.
“Me diz uma coisa: desde quando assessor tem autonomia para fazer coisas sem autorização do chefe? Recebeu uma missão, dizendo ‘resolve o problema desse Rolex’. Não sei desses valores. Não é que ele queira entregar o chefe dele, não. É só entender o que assessor faz, age dentro dos limites”, complementou Cézar.
O advogado afirmou também que o general Mauro Lourena Cid não tem envolvimento com as transações que estão sendo investigadas.