Reflexos da Previdência

Eduardo Prado diz ter sido pego de surpresa ao perder cargos; Karlos Cabral pode ser o próximo

O deputado estadual Delegado Eduardo Prado (PV) foi pego de surpresa ao saber da exoneração…

Justiça manda Eduardo Prado excluir publicação que chama Caiado de
Justiça manda Eduardo Prado excluir publicação que chama Caiado de "Hitler" (Foto: divulgação - Assessoria)

O deputado estadual Delegado Eduardo Prado (PV) foi pego de surpresa ao saber da exoneração de 21 pessoas de cargos indicados por ele, nesta sexta-feira (27). O motivo teria sido a votação contrária a Reforma da Previdência, o que também culminou em perdas para outros parlamentares, como Humberto Teófilo (PSL) e Virmondes Cruvinel (Cidadania). Karlos Cabral (PDT) também estaria na mira, segundo uma fonte disse ao Mais Goiás.

Segundo Prado, o próprio líder do governo, Bruno Peixoto (MDB), o tinha liberado para votar conforme a consciência mandasse. Além disso, Eduardo citou que tinha, na verdade, 14 cargos ao invés de 21. O deputado do PV explicou ao Mais Goiás que o emedebista o liberou após a base alcançar os 25 votos.

“Sempre fui leal ao governo, mas sempre disse que não votaria contra servidor. Minha palavra não mudo, pois me preocupo com o servidor, professores, enfim, as pessoas que ganham pouco.” Durante a Reforma, Eduardo defendia regras de transição para o quinquênio, em vez da simples extinção, como ocorreu. “Quem estava a 30 dias de receber não terá mais.”

O deputado Bruno Peixoto foi procurado para confirmar a afirmativa de Prado, mas não atendeu às ligações de nossa equipe. Virmondes Cruvinel, que teve 23 exonerações, também não retornou às tentativas de contato.

Bastidores

Delegado Eduardo Prado informa: “Estou na base. Por princípios. Ainda não fui comunicado pelo governador se ele quer que eu deixe. Tenho o Caiado como homem sério, ético e honesto. Em vez de punir, deveria reconhecer homens de palavra. Sempre disse que não votaria contra servidor público.”

O Mais Goiás conversou com uma fonte, que preferiu não se identificar. Segundo ela, os membros da base que votaram a favor da reforma pediram que os contrários tivessem o mesmo tratamento que Teófilo recebeu. Ele foi o primeiro a perder os cargos.

“É um sinal do governo, mas que, nos próximos meses, deve ser apaziguado. Só um ‘chega pra lá’. Aos poucos, todos voltam”, disse. Inclusive, Karlos Cabral (PDT), outro deputado da base, ainda pode ter seus cargos retirados até a próxima segunda-feira (30), relata essa fonte. O pedetista também não atendeu às ligações do portal.

outro entrevistado, que também pediu para ser preservado, confirmou que os 26 deputados favoráveis à Reforma “pediram a cabeça” dos demais. Segundo ele, a justificativa foi o desgaste. Esta pessoa teria ouvido do próprio governador Ronaldo Caiado (DEM) que todos iriam perder os cargos, inclusive o deputado Karlos Cabral.

Questionado se já os cargos vagos já teriam sido distribuídos, uma das fontes disse, com certeza, que desde a exoneração dos cargos de Teófilo já ocorria redistribuição. Já a outra afirma que não tem certeza. “Normal. O governador disse que se contenta com os 26. Que prefere 26 firme, pois precisa fazer política e governar, em vez de articular.”

Apesar disso, a fonte acredita que estes excluídos devem tentar se reaproximar. Na PEC Previdência, os aliados da base que votaram forma contrária: Humberto Teófilo, Eduardo Prado, Virmondes Cruvinel, Karlos Cabral e Major Araújo (PSL). O último não tem cargos.

A Reforma da Previdência foi aprovada em definitivo no último dia 21, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).