Em Anápolis, Alckmin diz que Caiado será ouvido sobre reforma tributária: “Teremos um bom texto”
Vice-presidente da República acredita em "bom entendimento" em torno do texto
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin (PSB) saiu em defesa do texto da reforma tributária nesta terça-feira (29) durante sua visita à fábrica da Caoa-Hyundai em Anápolis e disse que o governador de Goiás Ronaldo Caiado (União Brasil) terá suas demandas ouvidas pelo Senado durante a tramitação da matéria já que é uma “liderança importantíssima”.
“Eu estou convicto que teremos um bom entendimento. Caiado é uma liderança importantíssima, vai ser ouvido. Vamos ter um bom texto e vamos ter uma boa reforma tributária que é essencial para a indústria”, destacou durante entrevista coletiva após o evento em que a empresa anunciou o lançamento de um modelo de automóvel híbrido (etanol e elétrico) que será fabricado, além da contratação de 800 novos colaboradores.
Alckmin destacou que o relator do texto, senador Eduardo Braga (MDB-AM) “tem muita sensibilidade” e que vai “buscar um bom entendimento”. Por fim, pontuou que a reforma tributária se faz necessária, além de seus objetivos. “É o Brasil crescer. É uma reforma que traz eficiência econômica e vai fazer o PIB crescer”, salientou.
O que a reforma busca principalmente? “A reforma vai desonerar totalmente o investimento. Hoje você acumula crédito e desonerar a exportação. A exportação é fundamental. O Brasil tem 2,5% do PIB mundial. 92% do mercado está fora. É importante exportar”, destacou.
O governador Ronaldo Caiado (UB) tem mostrado apreensão e tom crítico contra o texto em debate no Senado Federal. Uma de suas principais preocupações é com relação a criação do Conselho Federativo. Em seu entendimento, o mecanismo diminuirá a arrecadação dos governadores além da autonomia de suas decisões administrativas.
“Eu não fui eleito para passar autonomia para um representante do meu estado falar por mim no Conselho Federativo e ter poder de encaminhar matérias ao Congresso Nacional”, tem destacado em entrevistas.