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Em Luziânia, Bolsonaro provoca governo Lula: “presidente sem povo é a primeira vez que vejo”

Ex-presidente foi recebido aos gritos de "mito"

Prisão de Bolsonaro seria justa para 50% dos brasileiros e injusta para outros 39% Levantamento foi divulgado pela Genial Quaest
Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu, na noite desta segunda-feira (12/12), o título de cidadão honorário de Luziânia, no interior de Goiás. Durante a cerimônia, no Ginásio de Esportes José de Araújo Leite, o político foi recebido sob gritos de “mito” e de “Lula, ladrão seu lugar é na prisão”. O capitão reformado também não deixou de provocar o governo petista.

“Eu já vi time de futebol ser campeão sem torcida, mas presidente sem povo é a primeira vez”, disse Bolsonaro ao introduzir seu discurso. “Nas cinco regiões do nosso país, bem como agora uma experiência inédita, na Argentina, ser atendido com um calor igual a esse. Não tem preço ser tratado com dignidade e respeito. Digo, que a recíproca é verdadeira. Tenho profundo respeito por todos vocês. Somos a partir de agora mais iguais do que nunca.”

Bolsonaro não parou por aí. “Alguns maus brasileiros querem roubar aquilo que é mais sagrado entre nós: a nossa liberdade”, afirmou. “O nosso irmão argentino que assumiu no dia de ontem também falou algo parecido com aquilo que nós dissemos no Brasil. Lá ele sempre encerrava seus pronunciamentos dizendo ‘a liberdade avança’”, fazendo referência a posse de Javier Millei.

O ex-presidente também elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que estava presente na cerimônia. “Tenho um velho amigo, Ronaldo Caiado que o conheci em 1989, lá trás ele defendia os nossos ideais. A lei da liberdade, a legítima defesa e o sagrado direito à propriedade”, disse. “Enquanto eu presidi o Brasil, ninguém ousou impor de maneira autoritária a liberação da maconha, a liberação do aborto, o novo marco temporal ou relativizar a nossa liberdade privada.”

Bolsonaro encerrou seu discurso fazendo um apelo à união do povo brasileiro. “Precisamos de homens e mulheres na política que mais do que inteligentes tenham coragem de tomar decisões espinhosas”, afirmou. “Vivemos numa grande nação. O agronegócio nos orgulha e nos dá algo que muitos países não tem que é a nossa segurança alimentar.”