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Em reunião com ministro da Fazenda, Marconi pede mais recursos para Goiás

Em entrevista coletiva após a audiência, o governador declarou que o objetivo é o de…

Em entrevista coletiva após a audiência, o governador declarou que o objetivo é o de o estado ter recursos novos para fazer planos de demissão voluntária reduzindo os gastos que tem hoje com pessoal. “O maior gasto que os estados têm é com a folha de pagamento. A ideia é pagarmos dívidas velhas trocando por dívidas novas com o objetivo de financiar esses projetos”, explicou.

Sobre o leilão da Celg, marcado para o dia 30 deste mês na Bolsa de Valores de São Paulo, o governador disse que Henrique Meirelles declarou-se animado com a possibilidade de êxito no leilão. “A Celg D é atrativa, tem ativos bons. É a melhor companhia de energia da região Centro-Oeste. Ela, inclusive, está sendo reconhecida pela Aneel pelo bom atendimento. Ela melhorou muito nos últimos seis anos”, opinou o governador.

A grave crise financeira que afeta alguns estados esteve na ordem do dia da reunião com o ministro Meirelles. Marconi, que preside o Fórum Brasil Central de Governadores, se disse preocupado com o caos financeiro que assola alguns estados. “Estamos unidos em uma agenda comum para salvar alguns estados que estão em situação difícil. Há várias PECs tramitando e que interessam diretamente aos governadores. Nós estamos muito unidos no sentido de continuar discutindo com o Congresso Nacional uma agenda pró ativa em favor dos estados e municípios”, declarou.

Marconi entende que tudo o que for possível fazer no sentido de resolver a situação quase falimentar de muitos estados tem que ser considerado. Em sua opinião, os estados não podem chegar à situação em que chegou o Rio de Janeiro.

Ele se disse contrário a alguns movimentos que defendem intervenção federal em estados com dificuldades: “Eu vejo hoje um movimento de alguns deputados falando em intervenção federal. Será que interessa ao Governo Federal realizar uma intervenção no Estado do Rio de Janeiro, assumindo um déficit de R$ 50 bilhões? Vários estados estão com muita dificuldade com tendência de piora no ano de 2017. O que nós temos que fazer é buscar soluções locais e no Congresso Nacional. Não vai aparecer uma varinha mágica para resolver problemas de colapso em estados e municípios. Se fosse fácil, bastaria mesmo o Governo Federal decretar uma intervenção nesses estados em dificuldade”.

Marconi disse ainda que o governador Pezão do Rio de Janeiro foi corajoso ao enviar para Assembleia um projeto promovendo ajustes, cortando secretarias, coisa que fez em Goiás em 2014 quando previu a crise. “As medidas precisam ser tomadas nos estados, até porque a União também tem os seus problemas, que são muitos”.

Falou que os estados e municípios estão defendendo, junto STF, que parcelas das multas resultantes de repatriações sejam divididas com eles: “Há uma lei complementar que nos dá esse direito. Estamos cobrando junto aos ministros do STF uma decisão favorável ao Estado de Goiás como forma de manter o Pacto Federativo intacto. Há um compromisso do Ministério da Fazenda de que o projeto em discussão no Senado para as repatriações a partir de 2017 preveja o compartilhamento de Imposto de Renda e multas com os estados e municípios”.

Por fim, Marconi e o ministro Meirelles falaram sobre os créditos do governo de Goiás que estão judicializados no STF. “O nosso objetivo é realizarmos um encontro de contas com a União para por fim a este tipo de demanda que tramita no Supremo”, pontuou Marconi.

Ainda na tarde de hoje em Brasília o governador avistou-se com o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, com quem tratou de assuntos relacionados à BR-070, que liga Brasília/Cuiabá/Bolívia. Faltam apenas 70 quilômetros, em território goiano, para a ligação de Brasília a Bolívia esteja pronta.