Reconhecimento facial

Estádios de Goiás podem receber câmeras para combate ao racismo e vandalismo

O texto prevê ainda reconhecimento de pessoas em porte de armas de fogo ou armas brancas

Estádio Serra Dourada 2022
Estádio Serra Dourada. Foto: Mantovani Fernandes - Seel

Tramita na Assembleia Legislativa (Alego) um projeto de lei que pretende instalar câmeras de monitoramento de 360º em estádios em Goiás. A medida tem o objetivo de combater atos racistas e de vandalismo em eventos esportivos no Estado. A matéria está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da casa.

O projeto, de autoria do deputado estadual André do Premium (Avante), prevê que as câmeras de monitoramento tenham dispositivo de reconhecimento facial e sejam capazes de apontar pessoas que portam armas brancas ou de fogo.

Dispositivos deverão ser posicionados de modo a registrar imagens de toda torcida e pontos de concentração de torcedores. A meta é utilizar os equipamentos para combater quaisquer tipos de atividades criminosas nos recintos esportivos.

“É indubitável que a instalação de câmeras de reconhecimento facial nesses locais inibirá a ação criminosa, pois o delinquente saberá que ser reconhecido, e, se, ainda assim, praticar o crime, as câmeras o identificarão. Não bastasse, as câmeras também facilitarão a localização de eventuais criminosos foragidos e de pessoas desaparecidas”, argumenta o deputado.

Casos

Para justificar o projeto, o parlamentar se apoia em casos de racismo amplamente divulgados como o do jogador brasileiro Vini Jr, na Espanha, e cita casos de Ronaldo, Daniel Alves e Eto’o. Recentemente, um torcedor do Atlético Goianiense, de 54 anos, foi preso em flagrante por injúria racial. O caso aconteceu durante um jogo da Série B do Brasileirão em agosto, no estádio Antônio Accioly, em Goiânia.