PROCESSO DO PMN

Ex-secretário de Rogério critica ação pela cassação do prefeito

"Maguito e Rogério foram eleitos", diz Carlos Júnior, presidente do MDB Goiânia

Ex-secretário de Rogério critica ação pela cassação do prefeito
Carlos Alberto Branco Antunes Júnior (MDB), ex-presidente do GoiâniaPrev (Foto: Divulgação - Redes Sociais)

Apesar de ter desembarcado do paço municipal junta a outros 13 secretários, o presidente do MDG Goiânia, Carlos Júnior, se mantém firme nas críticas a ação do PMN pela cassação do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Ele defende o resultado nas urnas.

“Maguito e Rogério foram eleitos. Se Deus quis levar o Maguito foi uma fatalidade. E, nesse caso, o vice está aí para isso. Então, o MDB jamais seria favorável, até porque não há fundamento jurídico para isso.”

Vale lembrar, o PSD tenta ingressar na ação contra a expedição de diploma da chapa Maguito Vilela (MDB)/Rogério Cruz (Republicanos), ajuizada pelo PMN, em 2020. A justificativa do processo é que Maguito teria se tornado inelegível, em razão de incapacidade civil absoluta pelo quadro de saúde. O emedebista, falecido em 13 de janeiro, lutou mais de 80 dias contra a Covid, ficando parte do tempo intubado.

Para Carlos, isso não tem fundamento legal. Inclusive, o entendimento do advogado eleitoral do prefeito Rogério, Bruno Pena, é que essa tese encontra obstáculos intransponíveis.

“Embora a Constituição estabeleça que incapacidade civil absoluta é causa de suspensão de direitos políticos, é o Código Civil que define o que é essa incapacidade. Além disso, desde o advento do estatuto da pessoa com deficiência, a situação de saúde de uma pessoa não leva mais a incapacidade civil. A única situação que leva é quando ainda é menor de 16 anos. As demais levam a capacidade relativa, que não gera suspensão dos direitos políticos”, disse o jurista ao Mais Goiás.

Posição pessoal

Carlos faz ainda questão de opinar como cidadão – e não oficialmente pelo MDB. “Acho que é dor de cotovelo, de quem perdeu e não aceita a derrota. Sou a favor do resultado das urnas. A vontade do povo tem que ser soberana.”

O presidente do MDB Goiânia era titular da Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa. Ele foi um dos 14 secretários que deixou a gestão de Rogério Cruz, no último dia 5.