"TUDO NORMAL"

Exoneração de irmão de Baldy já estava programada, diz Lissauer

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), afirma que a exoneração…

Exoneração de irmão de Baldy já estava programada, diz Lissauer
Foto: Divulgação

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSB), afirma que a exoneração de Joel Sant’Anna Braga – irmão de Alexandre Baldy (PP) -, da diretoria da Casa Legislativa, na terça-feira (26), não tem qualquer relação a exoneração de Adriano Baldy da secretaria de Cultura pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), também na data, e nem foi uma retaliação.

Segundo fontes, nos dois casos, as exonerações teriam se dado após entrevista de Alexandre Baldy, presidente estadual do Progressistas (PP), ao Popular, pedindo que Caiado se posicionasse a favor do candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Nos bastidores, a informação é que o governador teria ficado irritado com a cobrança pública feita por Baldy.

Lissauer, contudo, declarou que foi mera coincidência. “Já estava com este plano de mudança, desde o ano passado. Mas o recesso atrasou a questão.” Ainda segundo o presidente da Alego o relacionamento com Joel segue positivo e a alteração é uma mudança normal dentro da casa.

Contexto

A cobrança pública de Baldy está ligada ao posicionamento diante do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que apoia Arthur Lira para presidência da Câmara. A vitória de Lira é vista pelo governo federal e aliados como uma maneira de apaziguar a relação tensa com a casa. Além disso, Bolsonaro está pressionado pelo avanço da pandemia e crise de saúde pública de Manaus.

Caiado chegou a receber Lira para um jantar com a bancada goiana no Palácio das Esmeraldas, mas uma semana depois fez o mesmo com o adversário Baleia Rossi (MDB), que é apoiado pelo atual presidente de Câmara, Rodrigo Maia (DEM), seu correlegionário.

Na entrevista, concedida ao jornal O Popular, Alexandre Baldy disse que “Caiado tem que ser claro no apoio a Arthur Lira”. “Os seguidores do presidente vão cobrar esse apoio”, continuou.