GOIÂNIA

Fecomércio sugere funcionamento escalonado de todo o comércio de Goiânia

A Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) enviou documento ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz,…

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Comércio fechado (Foto: Agência Brasil)

A Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) enviou documento ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, em que propõe um novo modelo de enfrentamento à pandemia na Capital. A Fecomércio sugere o funcionamento de todas as atividades essenciais e não essenciais, de segunda a sábado, neste período pandêmico. Para evitar aglomerações, a solução seria escalonar horários.

Segundo texto, que foi entregue ao prefeito pelo deputado estadual Jeferson Rodrigues e pelo deputado federal João Campos (que são do mesmo partido de Rogério), o funcionamento seria da seguinte forma: atividades essenciais, tais como postos de combustíveis, supermercados, panificadoras e congêneres, das 6h às 22h; comércio em geral, das 9h às 19h; prestadores de serviço, das 10h às 20h; shopping centers, galerias, centros comerciais e correlatos, das 12h às 20h; comércio da região da rua 44, de quarta-feira a sábado, das 7h às 15h.

Em relação bares, restaurantes e similares, a federação fala em atendimento no balcão até 22h e depois via delivery. Cultos e missas, ocorreriam com limitação de até 30% da capacidade máxima, enquanto que feiras livres abririam somente mediante o enquadramento nos protocolos estabelecidos pelos órgãos de controle.

Medidas restritivas

Nesta sexta, o prefeito Rogério Cruz se reúne com o secretariado e técnicos para debater a prorrogação ou não do decreto que colocou medidas restritivas na cidade por mais sete dias. A ideia é antecipar as eventuais mudanças. O cenário da pandemia na capital ainda é considerado grave pela área técnica com a rede municipal de Saúde próxima do colapso. Em alguns momentos, a ocupação de leitos chegou a ficar em 100%.

O gestor sofre pressões de diversos segmentos para rever fechamentos, ou pelo menos conceder flexibilizações, como a possibilidade de retirada de alimentos em bares e restaurantes. No último decreto, esse tipo de estabelecimento só poderia funcionar através de delivery. No entanto, o Paço Municipal está cauteloso.

O Ministério Público de Goiás já se manifestou contra aberturas que podem gerar risco de colapso na saúde. Uma delas é dos cultos, missas e encontros religiosos, que foi permitida em 10% de capacidade a partir do decreto publicado no dia 7 de março. O MP-GO já acionou a Justiça para questionar o funcionamento de templos.

A própria Saúde municipal alerta que nos últimos dias as solicitações de internações de pacientes vítimas da covid-19 cresceram 50%, comparado com 14 dias anteriores.