ECONOMIA

Fieg e sindicatos patronais e de trabalhadores da indústria fazem manifesto contra juros altos

A mobilização ocorre na mesma data em que o Copom do Banco Central estará reunido para decidir sobre a taxa Selic

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Comércio em Goiás (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), ao lado de outros sindicatos patronais, promove quarta-feira (21), às 12 horas, manifesto contra o que consideram a elevada taxa básica de juros da economia. A manifestação será realizada na Casa da Indústria, em Goiânia, e só no segmento industrial reunirá lideranças classistas de 35 entidades da base sindical da Fieg.

A mobilização ocorre na mesma data em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central estará reunido para decidir sobre a taxa Selic. A expectativa do mercado é de que, mesmo diante de recentes indicadores de deflação, o Banco Central opte por manter a taxa de juros, hoje em 13,75%.

De acordo com a entidade, o Brasil possui a maior taxa de juros reais do mundo. O que, para o setor produtivo, o patamar da Selic inibe novos investimentos e, consequentemente, o crescimento do País. “Os altos juros penalizam o setor produtivo e toda a sociedade. Precisamos ter uma economia competitiva para retomada da industrialização e isso passa, necessariamente, pela redução dos juros”, sustenta o presidente da Fieg, Sandro Mabel.

O protesto é seguido pelas entidades laborais e de trabalhadores como a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), Força Sindical Nacional, Força Sindical Goiás e Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat).

Varejo

Segundo dados divulgados pelo IBGE, a taxa de juros elevado tem impactado o comércio varejista. No mês de abril, registrou variação positiva de 0,1% das vendas no varejo em comparação com o mês anterior, e de 0,5% na comparação com o mesmo mês de 2022.

Na semana passada, o presidente Lula (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), se se reuniram com representantes do setor varejistas e, ao sair do encontro, Alckmin comentou o resultado divulgado pelo IBGE afirmando que “dados do varejo mostram prejuízo causado por juros altos“.