Política

Governador do DF anuncia que vai ser candidato a senador em 2026

Gestão Ibaneis é marcada, até aqui, por suposto envolvimento com ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília

DF terá ponto facultativo em 6 e 8 de setembro; Goiás e Goiânia no dia 8
Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (Foto: Agência Brasília)

Durante a assinatura da ordem de serviço para início das obras de um hospital, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou que será candidato ao Senado nas eleições de 2026.

“Eu pretendo me candidatar ao senado em 2026. Celina assume para concluir o governo e, talvez, se for da vontade dela, deve ser candidata a reeleição”, disse Ibaneis. O que sobrar do mandato será cumprido pela vice-governadora Celina Leão (PP).

A principal marca da gestão do atual governador foi o envolvimento com os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão da sede dos três poderes da República, em Brasília.

Ibaneis e o então secretário de Segurança Pública do governo dele, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, foram acusados de ser convinentes com a mobilização dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, embora supostamente já soubessem os planos de derrubar a democracia para impedir o mandato do presidente Lula.

“Naquele momento, eu tinha contato com o secretário de Segurança em exercício [o delegado Fernando de Souza Oliveira]. A mensagem que ele me passava em todo momento era de que as coisas estavam tranquilas e eu transmitia essas mensagens”, disse Ibaneis em entrevista recente, para se defender.

“Você recebe informes do seu secretário de Segurança dizendo que está tudo tranquilo, o que eu ia fazer?”, continuou.

Rocha ressaltou ainda que “por duas vezes tentamos tirar os manifestantes da porta do quartel-general do Exército e nas duas vezes fomos impedidos pelo Comando do Exército. Sabíamos que aquilo era um barril de pólvora”.

O político do MDB foi afastado do cargo pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A decisão inicial previa um afastamento de 90 dias, mas foi abreviada por decisão do ministro após ele concluir que não haveria riscos para as investigações com a sua volta ao cargo.