Impacto financeiro pode travar planos de carreiras de servidores da prefeitura
Líder do prefeito na Câmara, Wellington Peixoto analisará impacto ao lado de Iris nesta quinta
Estão em tramitação, na Câmara Municipal de Goiânia, os planos de carreira de Auditores e Procuradores da prefeitura. O impacto anual é na ordem de R$ 100 milhões para atualização de todas as categorias, o que assustou o Poder Executivo. Havia a previsão de outros planos serem enviados ao Legislativo, mas essa condição ainda será avaliada pelo prefeito Iris Rezende.
O líder do prefeito na Câmara Municipal, Wellington Peixoto (MDB) pretende discutir o assunto com Iris Rezende na manhã desta quinta-feira (12). O parlamentar avalia que o prefeito se assustou com o impacto financeiro.
“Inclusive amanhã cedo estarei com o prefeito para tratar desta questão. O impacto foi muito alto, o prefeito assustou num primeiro momento, mais de R$ 100 milhões por ano com os planos. A CCJ já fez compromisso de votar amanhã. A sessão está aberta. Podemos votar amanhã ou na sexta-feira. Vamos tentar construir junto ao prefeito a viabilidade do envio dos planos das outras categorias”, declarou.
Wellington Peixoto admite que no passado houve a promessa de envio dos planos de carreira, mas sem avaliar precisamente o impacto financeiro para os cofres municipais.
“Sim. O ano passado quando foi votada a questão do empréstimo e até mesmo a questão do IPSM (2018), foi cobrado o envio de projetos de planos de cargos e salários, foi feito este acordo, mas não sabíamos do impacto. Todo compromisso precisa cumprir, mas se não houver viabilidade econômica, devemos pausadamente analisar as questões”, avaliou.
O líder do prefeito entende que a saída é votar os projetos que estão em andamento. Há uma preocupação quanto ao período eleitoral, pois a aprovação de planos de cargos e salários precisa ocorrer até o próximo dia 4. Após este prazo, somente após as eleições.
“A saída é votar os que já estão aqui. Ver a viabilidade daqueles que podem vir e criar um cronograma depois das eleições, pois devido ao período eleitoral, até o próximo dia 4 esses planos precisam estar aprovados e publicados”, finalizou o líder do prefeito.
O projeto está sendo analisado pelos vereadores da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Casa. A presidente do colegiado, vereadora Sabrina Garcez (Sem Partido), entende que o Executivo deveria ter enviado todos os projetos.
A parlamentar argumenta que o compromisso pessoal dela é de não votar o projeto dos Procuradores, antes que sejam definidas as questões relativas aos demais planos de carreira. Paralela a questão, está em andamento na Câmara, projeto que concede reajuste de 144% para procuradores do Legislativo.
“Eu tive reunião com auditores e administrativos, e o compromisso pessoal com os administrativos é de não votar o projeto até que não viessem todos. O meu compromisso permanece. O meu posicionamento é de não aprovar nenhum. A prefeitura chamou as categorias em dezembro, afirmou que enviaria os projetos e agora argumenta sobre o impacto financeiro. Deveria ter sido combinado e todos os projetos terem sido enviados ao mesmo tempo”, relatou.
O presidente da Comissão Mista da Câmara, vereador Lucas Kitão (PSL) disse que é preciso ter atenção com o prazo. Para ele é válido votar os projetos que já estão na Câmara, mas deve-se fazer pressão política quanto ao envio dos demais planos de carreira.
“O prazo é curto. Se não tiver compromisso com as outras carreiras, precisa fazer uma pressão política. Acho que a Casa não pode parar os trabalhos. Acho que a gente poderia discutir os que estão já por aqui com o compromisso do prefeito enviar os outros. Se ele não envia com antecedência, pode ser que não dê tempo pra gente analisar, mas ele precisa mandar os outros”, destacou o parlamentar.