IMBRÓGLIO

Indefinição da mesa diretora da Câmara pode ser o primeiro passo para pedido de impeachement de Rogério Cruz, diz jornal

STF irá julgar de 9 a 16 de dezembro o pedido protocolado pelo Pros contra a segunda reeleição de Policarpo na Casa

Secretário de Finanças confirma ida à Câmara de Goiânia para esclarecimentos
Secretário de Finanças confirma ida à Câmara de Goiânia para esclarecimentos (Foto: Câmara Municipal de Goiânia)

O pedido de contestação da segunda reeleição do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota) – se aprovado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é o primeiro dos cinco passos para enfraquecimento do Paço. Segundo reportagem do jornal O Popular, publicada neste sábado (3), um grupo de vereadores estaria se organizando avaliando o cenário de tomada de poder na Casa.

O texto de Fabiana Pulcineli, cita como passo dois a vitória da oposição, hoje minoritária, em nova eleição para a mesa diretora do Legislativo para o biênio 2023-24. Em seguida, uma acusação de crime de responsabilidade contra o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), o que poderia gerar um pedido de impeachment, seguido do passo quatro, a aprovação desse pedido. E por último, a eleição indireta para prefeito.

As articulações dominam o cenário atual na Câmara e na Prefeitura de Goiânia. Diante das investidas, ambos se uniram e recontam em conjunto o número de vereadores que se manteriam fiéis – hoje 22 contra 8 com 5 indefinidos.

Em reuniões esta semana, na Câmara e no Paço, o grupo da situação fez acerto de permanecer unido, caso haja uma derrota de Policarpo no Supremo. Já a oposição aposta que, se o presidente for derrotado, pode haver formação de novos blocos na Casa.

Contestação de reeleição na Câmara Municipal de Goiânia

Conforme reportagem dada pelo Mais Goiás nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) marcou a semana de 9 a 16 de dezembro para o julgamento virtual da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) protocolada pelo Pros nacional contra a segunda reeleição de Policarpo na Casa.

O partido contesta na Justiça a sessão que reconduziu Policarpo à Mesa Diretora de forma antecipada pela segunda vez, em setembro do ano passado.

A defesa de Policarpo está confiante e acredita que pode haver decisão favorável, estabelecendo que o impedimento tenha validade só para novas disputas.  

Vale citar, a posse da nova mesa ocorre no primeiro dia útil de janeiro. Se Policarpo sair derrotado, ele terá de convocar novas eleições, com comunicação prévia de 48 horas, conforme estabelece o Regimento Interno da Câmara.

No caso de derrota, a ameaça de impeachment permanece, por isso o prefeito tenta fortalecer a base aliada, e procura anunciar ações e obras em busca de melhorar a imagem da gestão. Uma das medidas, que teve avanços na discussão esta semana, é a mudança nas regras do IPTU, que geraram uma das crises da administração no início deste ano.

Entretanto, como publicado pelo O Popular, o Paço afirma por meio dos auxiliares, que não há preocupação com um processo, apesar de se prevenir da possibilidade de cassação.