Ipasgo: deputada do PT admite procurar Caiado para tratar das mudanças de regras
Parlamentar comanda audiência pública para debater situação do instituto
Durante audiência pública sobre a situação atual do Ipasgo, realizada nesta sexta-feira (31), na Assembleia de Goiás, a deputada Bia de Lima (PT) admitiu a possibilidade de tentar uma audiência com o governador Ronaldo Caiado para tratar da transformação de autarquia estadual para Serviço Social Autônomo (SSA), obedecendo as normas na Agência Nacional de Saúde (ANS).
O auditório ficou lotado de servidores que, na maioria, se manifestaram contra a possível alteração. Representantes sindicais das diversas categorias de servidores também compareceram à discussão.
Boa diz “esta é uma matéria que atinge frontalmente os servidores, os agregados, as 600 mil vidas protegidas e não podemos simplesmente aguardar a chegada do projeto aqui para só depois conhecer o que será, porque daí pode ser tarde demais”.
A parlamentar reivindica uma ampla discussão com as entidades representativas sobre “o teor da matéria, para que juntos encontremos os encaminhamentos necessários para tentar convencer o governo do contrário do que está sendo feito, senão na audiência convocada para o próximo dia 10 de abril vai ser quase uma sacramentação”, afirmou.
Na tentativa de encontrar uma saída para o impasse, a petista revela que vai tentar uma audiência diretamente com o governador e as entidades representativas.
Bia de Lima se diz preocupada com os prejuízos que a alteração pode trazer. Ao passar a obedecer as se tornar regido pelas mesmas regras ANS, o Ipasgo consequentemente vai sofrer reajustes aplicados em âmbito nacional e, geralmente esse não é o mesmo reajuste dos vencimentos, adverte ela.
Já o deputado Mauro Rubem (PT) crítica a tentativa do executivo em modificar a natureza jurídica do Ipasgo para convertê-lo para uma Sociedade de Serviço Autônoma (SAA).
“O Ipasgo não é uma empresa que oferece seguros ou planos de saúde, então não se justifica a submissão do Ipasgo à ANS”, disse.
O presidente do SindiPúblico afirma que a submissão do Ipasgo às regras da ANS, pode trazer aumentos sucessivos sugeridos pelo órgão. “Somente no ano passado a ANS autorizou um aumento de 15,5% para todos os planos de saúde, enquanto o Ipasgo, em quatro anos, teve somente um aumento de 18,34%”, comparou o sindicalista.