Coluna do João Bosco Bittencourt

Ipasgo: na Assembleia, deputados da oposição criticam mudanças nas regras

Parlamentar quer realizar audiência pública sobre o polêmico assunto

O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) fez um minuto de silêncio pela morte da ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado
O plenário da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) fez um minuto de silêncio pela morte da ex-deputada federal Iris de Araújo Rezende Machado (Foto: Hellenn Reis - Alego)

As mudanças nas regras do Ipasgo esquentaram o debate no plenário da Assembleia de Goiás, nesta quinta-feira (23). Deputados da oposição se revezaram na tribuna para fazer críticas ao projeto enviado pelo governo do estado.

O deputado petista Mauro Rubem, por exemplo, anunciou que vai promover, em parceria com a colega de partido, Bia de Lima, audiência pública para discutir uma saída viável para o instituto de assistência dos servidores públicos estaduais.

Mauro Rubem aponta para Mato Grosso do Sul, que conseguiu organizar a rede de atendimento com a criação da Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems).

“O Ipasgo tem que ser dirigido por quem é dono, os servidores”, disse o parlamentar.

O deputado Antônio Gomide (PT) disse ser usuário do instituto desde 1983, Gomide e afirmou que o instituto “funciona apenas em Goiânia”, e que servidores de outras cidades goianas necessitam vir à capital para receberem assistência. 

O parlamentar apontou que o convênio se tornou mais caro para os servidores nas gestões do atual governador. “Quando o governo Caiado entrou, há quatro anos, ele deu um aumento de 21,56% [na cobrança] do Ipasgo [ao servidor], já em julho de 2019”, disse. “Nesses quatro anos [2019 a 2022], o servidor teve um reajuste de 10,16%, em março de 2022. Este ano, em março de 2023, o Ipasgo aumentou 18,34% para o servidor pagar lá no contracheque”, acrescentou.

A deputada Bia de Lima (PT) disse que os sindicatos dos servidores foram surpreendidos com o chamado do instituto para debater a nova figura jurídica que poderá se tornar o plano de saúde do Ipasgo.

“A gente tem 30 anos de serviço público,e quando faz a coisa sem dialogar, é porque boa coisa nem sempre é”, afirmou.

Já o deputado Major Araújo (PL) disse: “Quem quer precarizar o instituto que cuida da saúde do servidor vai causar isso [a precarização] no futuro, não no governo atual”.