Improbidade administrativa

Marconi Perillo utilizou aeronaves oficiais durante campanha ao Senado em 2006, afirma MP

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) é alvo de uma investigação de improbidade administrativa do Ministério…

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) é alvo de uma investigação de improbidade administrativa do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Uma ação civil pública (ACP) proposta pelo órgão solicita o bloqueio de bens do ex-gestor em R$ 65 mil, além da aplicação de uma multa no valor de R$ 131 mil.

De acordo com o órgão, Marconi utilizou de forma indevida aeronaves oficiais entre os dias 10 de junho e 21 de dezembro de 2006, durante o período eleitoral. As viagens teriam sido enquanto o ex-governador e então candidato ao Senado estava licenciado do cargo. Por esse motivo ele não poderia utilizar as aeronaves.

Foram feitos vôos para as cidades Jussara, Porangatu, Rio Verde, Brasília, Cuiabá e Rio de Janeiro. De acordo com a ação, além das aeronaves, o tucano utilizou pilotos e co-pilotos remunerados pelo estado para essas viagens.

O promotor de justiça responsável pela ACP, Fernado Krebs, enfatiza que os vôos foram realizados em um período em que Marconi não ocupava qualquer cargo político. Por esse motivo, ele “se beneficiou de modo direto do ato de improbidade administrativa perpetrado por Sebastião Vaz da Silva, devendo ser enquadrado nos mesmos dispositivos”.

Além de Perillo, a ação cita também o coronel da reserva da Polícia Militar de Goiás (PM-GO) Sebastião Vaz da Silva. De acordo com o texto, partiu dele a autorização para que o então candidato pudesse fazer as viagens. À época ele era chefe do Gabinete Militar, o órgão responsável pelo serviço aéreo de Goiás. O documento sugere a ele as mesmas sansões sugeridas a Perillo.

Resposta

O advogado de Marconi Perillo, João Paulo Brzezinski, afirma que os vôos foram regulares. Segundo a defesa, em todas as ocasiões o tucano viajou a convite de autoridades e existem documentos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) que comprovam a alegação.

“Todos os vôos indicados pela ação do Ministério Público foram feitos com a presença do ex-governador Alcides Rodrigues ou de algum secretário de estado. Marconi Perillo viajou a convite dessas autoridades, que tem a prerrogativa de utilizar aeronaves oficiais. Nenhum vôo foi realizado fora dessas condições”, afirmou o advogado.

A defesa de Sebastião Vaz da Silva não foi encontrada. O espaço está aberto nesta publicação.

Com informações de MP-GO.