PRÓXIMAS ELEIÇÕES

“Meirelles fortalece PSD, mas posicionamento é precipitado”, diz Vilmar Rocha

A volta de Henrique Meirelles ao PSD goiano expõe um racha que pode mudar a…

Vilmar Rocha em entrevista
Vilmar Rocha (Foto: Reprodução)
A volta de Henrique Meirelles ao PSD goiano expõe um racha que pode mudar a liderança do partido. Atualmente gerido por Vilmar Rocha, a filiação do ex-ministro indica tendência da sigla para partir ao apoio direto ao governador Ronaldo Caiado (DEM). O presidente estadual prefere uma distância segura para definição apenas em 2022.
Em entrevista recente, Meirelles diz ter intenção de ser candidato ao senado por Goiás em 2022. Mas Rocha considera uma precipitada qualquer definição um ano antes das eleições. A refiliação do ex-ministro foi feita em encontro na casa do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, com presenças do senador Vanderlan Cardoso e do deputado federal Francisco Jr.
Ao Mais Goiás, Vilmar Rocha diz que a filiação de Meirelles é “tranquila e veio fortalecer o partido”. Ele considera que o ex-ministro é um grande nome para o senado ou até mesmo como candidato a governador do estado. A possibilidade de uma candidatura majoritária própria é estratégica para fortalecer a sigla até mesmo para negociar eventual apoio a Caiado em 2022.
“Não somente o PSD pensa assim. A direção de todos os grandes partidos pensam da mesma forma. O próprio DEM e o MDB, para citar apenas dois, ainda são cautelosos. Ainda temos o desafio de buscar bons nomes para deputados estadual e federal, já que não haverá coligação. Não é hora agora de fechar alianças da eleição majoritária”, avalia Vilmar Rocha.
Um dos nomes aventados pelo PSD é o do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, que atualmente está no PSB. No entanto, a janela para troca de partido é apenas em março de 2022. Prazo considerado ótimo por Vilmar Rocha para as definições.
Lideranças da sigla, entretanto apostam que um posicionamento a favor de Caiado pode atrair bons nomes para o partido, sobretudo no interior. Neste sentido, vislumbram, nos bastidores, a troca da presidência, atualmente nas mãos de Rocha, para Vanderlan. No entanto, eleição interna está prevista apenas para 2022.
Vilmar Rocha, no entanto, descarta qualquer interferência e mudança. O decano diz que o debate interno é bom e que em um ano tudo pode mudar. Cita o exemplo do próprio Vanderlan, que entrou para o PSD com vistas a ser candidato a governador e, em menos de um ano, decidiu ser candidato a prefeito.