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Mourão diz que relação com Bolsonaro “não é simples”, mas reforça lealdade

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse ao O Globo que sua relação com o presidente…

Bolsonaro vai aos EUA; Mourão assume presidência após dois anos
Bolsonaro vai aos EUA; Mourão assume presidência após dois anos (Foto: Reprodução / Twitter)

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse ao O Globo que sua relação com o presidente Bolsonaro (sem partido) “não é simples”, mas tem “lealdade”. A fala foi dada na entrada do Palácio do Planalto.

“Não é uma relação simples, nunca foi, entre presidente e vice. Nós não somos os primeiros a vivermos esse tipo de problema, mas a gente sabe muito bem que ele conta com a minha lealdade acima de tudo porque os valores que eu aprendi ao longo da minha vida eu não abro mão deles, não é? Da lealdade, da honestidade, da integridade, da probidade. Então ele pode ficar tranquilo sempre ao meu respeito.”

Além disso, o vice disse que outros que ocuparam o cargo já passaram por situações parecidas. Em dezembro passado, segundo O Globo, Mourão teria cogitado renunciar e dito a Bolsonaro: “Bolsonaro, se você quiser, eu entrego a minha cadeira hoje, mas vou te avisar: no dia seguinte, o Centrão toma conta disso aqui.”

Mourão aconselhado a sair

Vale lembrar, no fim de julho, Mourão chegou a ser aconselhado a deixar o governo. Pelo Twitter, ele disse que desde 2018 tem viajado o Brasil e mitas pessoas dizem confiar nele. “Em respeito a essas pessoas e a mim mesmo, pois nunca abandonei uma missão, não importam as intercorrências, sigo neste governo até o fim”, escreveu.

A afirmação veio após um mal estar causado por Bolsonaro, que disse que o vice “por vezes atrapalha um pouco”. Segundo o presidente, Mourão é como um “cunhado” que ele precisava ‘aturar”.

À época, Mourão estava no Peru como representa do Brasil durante a posse doe Pedro Castillo. Naquele momento, ele disse “sem comentários” aos ataques de Bolsonaro.

Em 2020, Mourão chegou a dizer que sentia falta de participar de reuniões com a equipe de ministros. Ele não deve voltar, em 2022, para disputar o cargo de vice.