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MP diz que DC tem legitimidade para questionar 3º mandato de Romário Policarpo

Subprocurador também pede a reunião de ações semelhantes

MP diz que DC tem legitimidade para questionar 3º mandato de Romário Policarpo
MP diz que DC tem legitimidade para questionar 3º mandato de Romário Policarpo (Foto: Câmara de Goiânia)

O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, Fernando Braga Viggiano, afirmou em parecer ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que o partido DC possui legitimidade para questionar o terceiro mandato do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota).

“No caso em análise, o Partido Democracia Cristã possui representação na Câmara Municipal de Goiânia e a outorga de poderes na procuração ocorreu pelo seu diretório estadual, de modo que, mesmo se a representação da entidade tivesse se dado por comissão provisória, restaria comprovado o preenchimento dos requisitos cumulativos exigidos pela Constituição do Estado e pela jurisprudência para a propositura de ação de controle abstrato de constitucionalidade”, escreveu.

Além disso, o membro do Ministério Público de Goiás (MPGO), reconheceu que tramita um Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ajuizada pela Comissão Provisório do PROS com o mesmo questionamento. Desta forma, solicitou as duas sejam reunidas. “Necessária a avocação da mencionada ADI pelo relator deste feito, para que, sanado o vício processual, sejam juntadas as ações e dado prosseguimento ao julgamento da medida cautelar pleiteada.”

O Mais Goiás procurou a Câmara de Goiânia. A Casa informou que “se manifestará apenas quando e se for notificada a respeito do teor do parecer”.

Legalidade

No ano passado, o STF considerou legal a terceira eleição de Romário Policarpo, por entendimento do relator, o ministro Dias Tofolli, de que a competência para julgar esse tipo de caso é dos Tribunais de Justiça estaduais — voto referendado pela maioria dos ministros.

A reeleição de Romário Policarpo ocorreu de forma antecipada em 30 de setembro de 2021. A direção do DC entrou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade ainda em fevereiro.