JUSTIÇA

MPF denuncia Roberto Jefferson por tentativa de homicídio contra policiais federais

Ex-deputado reagiu com tiros e granadas à presença de agentes em sua residência, para cumprir um mandado de prisão

Roberto Jefferson paga quase R$ 40 mil para consertar viatura da PF
Roberto Jefferson paga quase R$ 40 mil para consertar viatura da PF (Foto: Reprodução)

O ex-deputado federal Roberto Jefferson foi denunciado nesta quarta-feira por tentativa de homicídio contra os policiais federais que tentaram prendê-lo, em 23 de outubro. O ex-parlamentar atirou na direção dos agentes que tentavam cumprir uma ordem de prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Jefferson também foi denunciado por posse irregular de arma de fogo, por posse de armamento de uso restrito e por opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário público.

De acordo com a denúncia, Jefferson “tentou matar quatro Policiais Federais, com emprego de explosivo e de meio de que resultou perigo comum, mediante recurso que dificultou a defesa de autoridade e agentes no exercício da função […] e com emprego de arma de fogo de uso restrito, cujos resultados (mortes) não se consumaram por circunstâncias alheias à sua vontade”.

O ex-parlamentar cumpria prisão domiciliar no dia do atentado contra os policiais federais. Ele permanecia recolhido em casa por uma condenação pelos crimes de calúnia, incitação ao crime de dano contra o patrimônio público e homofobia, no âmbito do inquérito do STF que investiga as chamadas milícias digitais.

Após descumprir as restrições impostas, ao publicar um vídeo em que ofende a ministra Carmen Lúcia, ele teve a prisão domiciliar convertida em preventiva. Na chegada dos agentes na sua casa, o ex-deputado novamente voltou a se pronunciar pelas redes sociais dizendo que não iria se entregar a criticando a atuação da polícia.

Jefferson reagiu com tiros e granadas à presença de agentes da Polícia Federal em sua residência e acabou preso em flagrante pela tentativa de homicídio. Na mesma semana, o flagrante foi convertido em prisão preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes.