TERCEIRA VIA

No páreo pela OAB-GO, Rodolfo Mota evita continuísmo ou oposição

Ampliar convergência só seria possível com candidatura própria, diz pré-candidato à presidência da Ordem

No páreo pela OAB-GO, Rodolfo Mota evita continuísmo ou oposição
No páreo pela OAB-GO, Rodolfo Mota evita continuísmo ou oposição (Foto: Reprodução)

Com a pré-candidatura à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO) colocada desde o fim do ano passado, o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), Rodolfo Otávio Pereira da Mota Oliveira, afirma que sua proposta será sem viés de continuísmo ou de oposição. “Algo que só conseguiríamos fazer com candidatura própria.”

Vale lembrar, Rodolfo faz parte do grupo de Lúcio Flávio, atual presidente da OAB-GO e que já declarou apoio a Rafael Lara, que ocupa a presidência da Escola Superior da Advocacia de Goiás (ESA-GO). O presidente da Casag, contudo, deixa claro que, desde o ano passado, pensava em candidatura própria, mas aberta àqueles todos que quisessem contribuir para a advocacia, seja da situação ou oposição.

Queríamos ampliar o discurso de convergência, união, sem segregar aqueles que participaram de outros processos políticos, e sem um ideal de grupo: livre para receber advogados do interior, a advocacia renovada, mulheres, enfim, que trouxesse oxigenação, mas com que somasse às experiências daqueles que já experimentaram o processo. E isso só poderíamos fazer com candidatura própria”, reiterou.

Caminho

Rodolfo deixa claro que não houve rompimento ou dissidência com o atual grupo. Ele lembra que participou do processo em 2015 e em 2018, em momentos que advocacia ansiava por mudança, apesar das entregas da OAB Forte (grupo anterior).

À frente da Casag, ele pontua que, mesmo com o estatuto, a Caixa avançou muito nestes anos, auxiliando nas entregas, nas reformas em estruturas físicas, além de desonerar a OAB ao assumir o clube. “E, em 2020, ao entendermos que os anseios eram diferentes, de ampliar o diálogo, com uma OAB mais representativa, decidi colocar o meu nome”, diz e completa: “E o que queremos é trazer uma visão plural para advocacia. Novas aspirações.”

Desta forma, Rodolfo avalia ser tempo de unir a advocacia para o enfrentamento da crise aguda, devido à pandemia da Covid-19, sempre ampliando o diálogo. Ao ser questionado se ele se sente preparado, orgulhoso lembra que na sua gestão elevou a Casag a maior Caixa de Assistência dos Advogados Brasil.

Eleição

Em pré-campanha, o presidente da Casag já tem viajado pelo interior e conversado com a categoria. Com essa e outras medidas, ele não tem dúvida que formará uma chapa forte, apesar de muitos nomes despontando. Vale lembrar, além de Rafael Lara pela situação; também do grupo Lúcio, a Conselheira Federal da OAB, Valentina Jungman, anunciou pré-candidatura. Pela oposição, Pedro Paulo de Medeiros e Júlio Meirelles.

“Ainda não é candidatura [e sim pré] por conta do delinear eleitoral. Mas já está posta. E quem quiser caminhar conosco – Júlio, Pedro Paulo, Valentina – é bem-vindo. Nosso projeto é voltado aos interesses da advocacia.”

Por fim, Rodolfo defende que o momento exige um timoneiro experimentado, que conheceu as agruras da classe como todo. “Todas as agonias da advocacia”, complementa. “E graças à experiência de vida e política, sobretudo nos últimos cinco anos, acredito que poderemos avançar muito.” A eleição da OAB-GO acontece em novembro.