Congressista na capital

“Nosso papel é fortalecer a oposição”, diz Sâmia Bomfim, que participa de evento em Goiânia

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) estará em Goiânia, nesta quinta-feira, 26, às 19h, para…

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) estará em Goiânia, nesta quinta-feira, 26, às 19h, para bater um papo sobre educação, Reforma da Previdência e feminismo, no Coletivo Aruá, no Setor Universitário. Ao Mais Goiás, via telefone, ela declarou, ainda, que vai falar sobre a oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Nosso papel é fortalecer a oposição”, declarou. Segundo a parlamentar, o Governo Federal realiza uma de série cortes e é autoritária. Ela ainda fez várias denúncias contra atuação do presidente na Procuradoria-Geral da República (PGR), na ONU ou outros órgãos internacionais. Ela pontuou, também, que o líder do Executivo do País trava uma batalha contra as liberdades, em especial a de imprensa e acadêmica.

Sâmia lembrou que Bolsonaro conseguiu barrar os cortes de bolsas CNPq, que contribuem para pesquisas no Brasil. Sâmia ainda afirma que faz oposição à Ministra Damares (da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos).

ONU

Em relação ao discurso de Bolsonaro feito na Assembleia-Geral da ONU, nesta semana, Sâmia disse que não se surpreendeu. “Só repetiu o que sempre tem dito”, destacou acerca da postura ideológica do presidente, que, por quase dez minutos, atacou governos passados, Cuba, Venezuela e elaborou sobre “socialismo”.

Para ela, é “evidente que causa vergonha” esse tipo de postura, pois se espera “um mínimo de respeito ao cargo [de presidente]”. E que, naquele momento, se esperava um discurso sobre geração de empregos e estratégias para melhoras na economia, e, sobretudo, sobre a temática ambiental.

“Mas o pior aspecto foi o ataque a liderança indígena Raoni, que pode, inclusive, ganhar o Nobel no ano que vem. Enfim, o discurso de Bolsonaro só alimentou a base fanática dele”, lamentou.

Oposição

Questionada se a oposição passa por um momento difícil de organização, Sâmia diz que é natural, pois a esquerda esteve à frente do País nos últimos anos. Segundo ela, aos poucos a hegemonia do PT vai se alterando e novas lideranças vão surgindo.

Inclusive, destaca que novos nomes devem surgir já no próximo pleito, no ano que vem. “Então é natural que haja conflito, pois o PT não vai deixar sua hegemonia, simplesmente. Mas é preciso aceitar que existem outros nomes. Em 2020 muitos vão surgir.”

Congresso

Para ela, a expectativa de desenvolvimento do País reside no Congresso, e não no atual Executivo. Nos mais diversos debates, como acerca de orçamento e, mais contemporaneamente, acerca da reforma Tributária. “O Congresso não pode seguir se submetendo a política do bolso.”

A expectativa para reforma Tributária é que seja progressiva. “Quem mais pode contribuir, contribui mais. Os mais pobres, menos. Queremos mudar essa lógica que prejudica os mais pobres”, finalizou.

Evento

No evento em Goiânia, Sâmia vai falar sobre a violência contra a mulher, afinal, o Estado é o 3º com mais feminicídios no País. A bate-papo sobre política, educação e feminismo está marcado para começar às 19h. Às 20h30 a deputada responde a perguntas dos presentes e, a partir das 21h ocorre discotecagem.