REPRESENTATIVIDADE

Pela primeira vez, Aparecida terá duas mulheres ao mesmo tempo na Câmara

Sem representantes femininas na legislatura passada, Aparecida de Goiânia elegeu duas mulheres para assumirem cadeiras…

Pela primeira vez, Aparecida terá duas mulheres ao mesmo tempo na Câmara
Pela primeira vez, Aparecida terá duas mulheres ao mesmo tempo na Câmara

Sem representantes femininas na legislatura passada, Aparecida de Goiânia elegeu duas mulheres para assumirem cadeiras na Câmara Municipal, no próximo ano. Um delas é a ex-secretária de Educação, Valéria Pettersen (MDB), que teve 2.523 votos. Do grupo do prefeito reeleito Gustavo Mendanha (MDB), Pettersen é a quarta mulher eleita da história na cidade. A quinta foi Camila Rosa (PSD), que garantiu a entrada no parlamento com 2.378. Esta é a primeira vez que o legislativo aparecidense terá duas vereadoras ao mesmo tempo.

As três primeiras mulheres eleitas à Câmara da cidade foram: Romilda Neta de Medeiros, eleita em 1982; Berenice Medeiros Bittencourt, em 1988; e Cybelle Silva Tristão nas eleições de 2012. Destaca-se, contudo, que em outras três ocasiões, tiveram representantes femininas, mas que ascenderam por meio de suplência. São elas: Arcenia Geralda Pereira Messaro, na legislatura de 1967 a 1971; Diva do Cais, de 2009 a 2012; e Leiliane Rosa, de 2013 a 2016. O número é baixo considerando os 54 anos de existência da Casa de Leis, que hoje conta com 25 vereadores – dez a menos que a capital.

Apesar dos dados históricos, Pettersen também se destaca de outra forma. A ex-secretária também é a mulher com o maior número de votos para à Câmara na história política de Aparecida. Ela é seguida pelas já citadas Camila Rosa e Delegada Cybelle.

Mais votada

Para Valéria, é a quebra de uma paradigma que “mulher não vota em mulher” e de que Aparecida é machisto. “Ganhamos o apoio de homens e mulheres”, continuou.

Ainda de acordo com ela, é um orgulho não só ser eleita, mas ter uma companheira que contribuirá para a defesa pública das mulheres na cidade. Ela citou, ainda, que o destaque é maior, uma vez que se elegeu pelo maior partido da cidade.

“A maioria apostou que chegaríamos como laranja no MDB. Sou fruto de um grande projeto. Poderia ser outra, mas nesse momento é a Valéria. Vence a equipe e uma proposta digna para nossa cidade”, concluiu.

Camila Rosa

Para Camila Rosa, também eleita neste pleito, vários segmentos da cidade devem ser ocupados por mulheres. “Elegendo duas mulheres, toda a cidade ganha muito. Vamos ter condições de fazer um bom trabalho para projetar o futuro da nossa cidade.”

Ela acredita, também, que as mulheres eram pouco votadas, porque muitos partidos utilizam as candidatas apenas como laranjas. “Ao longo dos anos, as mulheres se organizaram em diversas siglas com bons projetos e preparadas.”

De acordo com ela, a organização com o intuito de representatividade real e competência foi responsável por essa transformação. “A paridade de gêneros é essencial, é fundamental”, conclui.

Camila Rosa (Foto: Divulgação)