ELEIÇÕES

Petistas goianos articulam por formação de federação de esquerda para apoiar Lula em 2022

PT busca formalizar uma federação partidária a partir da união de partidos de esquerda. A…

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(Foto: Instituto Lula - Divulgação)

PT busca formalizar uma federação partidária a partir da união de partidos de esquerda. A intenção é formar um bloco com PSB, PCdoB e PSOL para dar suporte à candidatura do ex-presidente Lula (PT) em 2022. Caso o plano seja concretizado, a estrutura deve ser replicada obrigatoriamente em Goiás. Lideranças goianas articulam para a concretização no Estado.

O deputado federal Rubens Otoni (PT) aponta que dialoga com lideranças estaduais no sentido de estimular o debate dentro de seus partidos. “Eu defendo uma federação ampla de apoio à candidatura do Lula para presidente. Há um diálogo bom em Brasília com a direção nacional do PSB e PC do B.

“Queremos avançar junto ao PSol , Rede, PV, PROS e até mesmo o PDT”, aponta Otoni. Lembrando que o PDT tem como pré-candidato o ex-ministro Ciro Gomes, que inclusive se coloca como uma alternativa a Lula e vem sinalizando para o eleitor conservador.

Federação partidária depende de articulação nacional

O deputado estadual Antônio Gomide (PT) avalia que a federação ajuda a poder articular em termos de blocos. O parlamentar diz que em Goiás as conversas estão encaminhadas com partidos do mesmo espectro, como o PSB e PCdoB.

“A federação permitiria um ‘partidão’ com candidato próprio na majoritária, mas também na proporcional. Então, as conversações são corretas para fortalecer nosso projeto em Goiás”, diz.

“Ela é uma decisão nacional, já que a lei prevê que a federação nacional deve seguir inclusive para as eleições municipais. Então tem que haver um olhar especial, pois cada Estado tem sua particularidade. Em Goiás estamos em diálogo”, explica.

O que são as federações partidárias?

As federações de partidos podem durar mais tempo que as coligações normais – que são formadas somente para eleição disputada. Elas serão formadas por partidos com afinidade programática, durando pelo menos os quatro anos do mandato. Além disso, diferente das coligações, partidos devem seguir a federação em todos os entes, nos estados e municípios.

Se algum partido deixar a federação antes desse prazo, sofre punições, tais como a proibição de utilização dos recursos do Fundo Partidário pelo período remanescente.

O texto foi aprovado pelo Congresso em setembro, o que permite que os partidos possam forma blocos de dois ou mais componentes já a partir das eleições de 2022. Com isso, as siglas podem unir tempo de TV e cálculo de quociente eleitoral nas eleições proporcionais.