TRAMITAÇÃO

Plano Diretor de Goiânia: Aumento no tamanho de edificações comerciais domina reunião do Compur

A reunião da tramitação do Plano Diretor de Goiânia na Câmara Municipal com o Conselho…

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Vista aérea de Goiânia (Foto: Prefeitura de Goiânia - Divulgação)

A reunião da tramitação do Plano Diretor de Goiânia na Câmara Municipal com o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur), realizada na tarde de quinta-feira (9), foi marcada pela discussão em torno da altura dos máxima das edificações na capital e demora na aprovação do texto. Membros do órgão auxiliar avaliam que a medida atual limitada a 9 metros de pé direito está defasada e impede investimentos na cidade.

Membro do Compur, Ioav Blanche, avalia que Goiânia passou a se desenvolver menos que outras cidades da Região Metropolitana, desde a aprovação do Plano Diretor de 2007, pela falta de um distrito industrial.

Segundo ele, a limitação de altura para construção, restrita a 9m de pé direito impede a construção de galpões de armazenamento, por exemplo.

Do mesmo modo, o empresário do setor imobiliário João Vitor, reforçou a importância do aumento de limite para a atração de empresas de logística para a capital goiana. A avaliação é que o setor está em expansão e a limitação atual impede a instalação em Goiânia.

Altura das edificações comerciais deve aumentar em novo Plano Diretor

O Grupo de Trabalho (GT) instituído pela prefeitura de Goiânia, com membros do legislativo, técnicos da prefeitura e sociedade civil, durante avaliação das emendas dos vereadores no primeiro semestre, propôs o aumento dos atuais 9m para 12m.

A relatora do projeto na Comissão Mista, vereadora Sabrina Garcez (PSD), garantiu que a sugestão do GT e demanda do setor será atendida, com inclusão de emenda no projeto para que as edificações passem dos 9m atuais para 12m nas áreas de adensamento básico.

Demora na aprovação do Plano Diretor de Goiânia

A representante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo, Adriana Bernardes, criticou o atraso na aprovação da revisão, que deveria ter sido feita em 2017. Segundo ela, com isso, o Plano Diretor pode estar defasado, sobretudo em questões ambientais ou da emergência climática, com aumento de temperaturas.

A reunião do Compur também teve críticas em relação à tramitação do Plano Diretor de Goiânia na Câmara Municipal. O integrante do Compur, Weldes Bezerra de Medeiros, do Instituto Movimento e Ação, apontou que a administração anterior não convidou o órgão auxiliar para a discussões do texto.

“Temos muitos lotes vagos na cidade, mas temos um déficit de 100 mil casas para os mais pobres”, criticou afirmando que há diminuição na porcentagem de terrenos destinados para áreas de interesse social.

A Comissão Mista deve realizar às 9h desta sexta-feira (10) a primeira de três audiências públicas para discussão do texto. A previsão é que o relatório seja aprovado no dia 20 de dezembro.