VALORIZAÇÃO

Policiais civis de Goiás endurecem o tom e cobram valorização do Governo Estadual

Uma assembleia do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) decidiu, por unanimidade, pressionar o Governo Estadual…

Assembleia do Sinpol (Foto: Divulgação)

Uma assembleia do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) decidiu, por unanimidade, pressionar o Governo Estadual em prol da valorização da categoria em Goiás. A entidade aponta tratamento diferenciado com relação a outras categorias e cobra medidas de modernização da carreira, que inclui integralidade e paridade.

A pressão mostra uma mudança de postura em relação à direção anterior do Sinpol, que preferia negociar as demandas diretamente com o Governo Estadual, sem críticas abertas ao comando da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Entre as demandas da categoria está o que os policiais chamam de modernização da carreira. Além disso, o sindicato afirma que policiais da turma de 2017 ficaram de fora da chamada integralidade e paridade (mecanismos que ajustam os benefícios previdenciários sempre que houver reajuste para servidores ativos).

Eles apontam ainda tratamento diferenciado entre as categorias. Um exemplo é a alíquota previdenciária dos militares, que gira em torno de 10%, enquanto dos policiais civis é de 14.5%. E mesmo pagando mais, no caso de morte, a pensão fica reduzida a 40% do salário para o cônjuge. Outro exemplo citado é que os policiais civis que dirigem viaturas não têm isenção de taxa de CNH como os PMs.

O presidente do Sinpol, Renato Rick, aponta que há 3 anos e meio o sindicato tenta diálogo com o governo estadual, mas nunca foi recebido. “Nunca fomos recebidos pelo governador, nem pelo secretário de Segurança Pública. Prestamos um serviço de excelência à sociedade e de bons resultados, por isso merecemos contrapartida do governo”, cobra.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e aguarda manifestação.

Greve dos policiais civis em Goiás

Em 2015, os Policiais Civis chegaram a realizar uma paralisação que durou mais de 80 dias. Na ocasião, ficaram acampados por 14 dias em um auditório da Assembleia Legislativa de Goiás. Eles pediam bônus de produtividade, reestruturação da carreira, promoção de policiais e novas contratações.

Já em 2019, a categoria ameaçou entrar em greve caso a reforma da previdência estadual seguisse adiante justamente pela retirada de paridade e integralidade da nova legislação.