REAÇÃO

Políticos e entidades reagem a celebração do golpe de 1964 por Braga Netto

Antes de sua saída do Ministério da Defesa, Braga Netto celebrou golpe de Estado de…

Políticos e entidades reagem a celebração do golpe de 1964 por Braga Netto
Políticos e entidades reagem a celebração do golpe de 1964 por Braga Netto (Foto: Agência Brasil - Divulgação)

Antes de sua saída do Ministério da Defesa, Braga Netto celebrou golpe de Estado de 31 de março de 1964, que culminou na ditadura militar, dizendo que foi “marco histórico da evolução política brasileira” e que os civis e militares deixaram “um legado de paz, liberdade e democracia” no período. A fala repercutiu pelas redes sociais, especialmente no mundo político.

O deputado federal por Goiás, Elias Vaz (PSB), disse no Twitter:”É absurdo um membro do alto escalão do governo defender um dos períodos mais cruéis da nossa história. A ditadura não fortaleceu a democracia, não estimulou a economia e não deixou legado de liberdade. A ditadura prendeu, torturou e matou, não podemos defendê-la. É inaceitável!”

Já o também deputado federal goiano Rubens Otoni (PT) classificou a defesa do golpe como “vergonha” e disse que “a face perversa da ditadura militar está presente no governo de extrema direita de Bolsonaro”. O pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) também pontuou o assunto.

Segundo o pedetista, a Ordem do Dia do Ministro da Defesa é uma peça de “propaganda de desespero“. “A sociedade brasileira não precisa deste tipo de alerta nem se amedrontará com ele.”

João Doria (PSDB), governador de São Paulo que desistiu da disputa à presidência nesta quinta-feira (31), também falou: “Inacreditável a afirmação do Ministro da Defesa que o Golpe de 64 fortaleceu a democracia. Esse foi o período mais sombrio e antidemocrático da nossa história! Pessoas foram presas, torturadas e mortas. A imprensa censurada e a liberdade cerceada. Inaceitável!”

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também emitiu nota sobre o texto de Braga Netto. Confira:

“A OAB reafirma, neste 31 de março, seu compromisso com o Estado de Direito, com os direitos e garantias individuais, com o modelo federativo, com o voto periódico, secreto e universal, com a separação entre os Poderes e com a defesa do sistema eleitoral vigente.”

Estas foram apenas algumas manifestações sobre a publicação do Ministério da Defesa.