ELEIÇÕES | CALDAS NOVAS

Pré-candidato em Caldas Novas, Belelli diz que foi preso ‘por confrontar vagabundo’

Pré-candidato à prefeitura de Caldas Novas, coronel Belelli sabe que tem um desafio pela frente: o…

Belelli: sem dinheiro, sem estrutura, mas otimista no apoio da população
Belelli: sem dinheiro, sem estrutura, mas otimista no apoio da população

Pré-candidato à prefeitura de Caldas Novas, coronel Belelli sabe que tem um desafio pela frente: o de explicar ao eleitor os motivos que o levaram à cadeia anos atrás. Belelli foi preso no âmbito da Operação Circo da Morte, que investigou a atuação de um grupo de extermínio formado por policiais militares no município e em outras cidades. Ele foi solto em 2019 após a concessão de um habeas corpus. Sobre isso, ele diz ser sua única mácula na instituição depois de 37 anos.

“Preso por confrontar vagabundo e acusado de coisas que não fiz. Tudo arquitetado pela política de Caldas”, declara, sem dar nomes. “Tentaram me desmoralizar, mas o tiro saiu pela culatra. A sociedade reconhece o trabalho de um policial que não é corrupto. Então, não deu certo.”

O coronel diz não ter estrutura financeira para participar da disputa. Conta somente com o auxílio moral da esposa e o apoio do povo. “Sem dinheiro, estou trabalhando nas redes sociais”, revela sobre a pré-campanha. “Lutando contra o poder financeiro”, relata.

Belelli disputou uma vaga de deputado estadual em 2018 e teve mais de 13 mil votos. Ele foi o mais votado de Caldas, ocasião em que faz dobradinha com Magda Mofatto (PL) – reeleita deputada federal e com quem não está mais alinhado. “Não estou ligado a ninguém”, garante. “Fui convidado por alguns, mas a conversa não me agradou”, disse sem revelar propostas ou nomes.

Disputa

Belelli afirma que nunca se considerou político. “Entrei agora e, depois que entra, não pode recuar.” O coronel da reserva entende que, se recuar agora, as pessoas dirão que ele foi comprado. “Os empresários não se alinham a mim, mas quem vota é o povo”, reforça.

Questionado sobre seus principais adversários, Flávio Canedo (PL) e Kleber Marra (Republicanos), ele diz que o primeiro não é forte. “Tem mais de três mil funcionários, então as pesquisas reforçam seu nome”, afirma.

Belelli diz desconfiar que Kleber Marra esteja alinhado, nos bastidores, com a deputada federal Magda Mofatto (PL). “Só deve sair para tirar votos meus.”

Sobre a chapa de vereadores, o coronel diz ter 26 pré-candidatos pelo PSL. “E nenhum deles é político profissional.” Conforme relatado pelo pré-candidato, são “todos novos, gente do povo”. A Câmara do município conta, atualmente, com 17 cadeiras.

Nomes

Flávio Canedo, apesar de não ter disputado cargo eletivo, é político experiente. Marido da deputada Magda Mofatto, o empresário coordenou as campanhas da parlamentar e é já esteve à frente do Departamento de Água e Esgoto de Caldas (Demae), tido como a secretaria mais importante da cidade.

Ele também é ligado ao ramo hoteleiro e presidente do PL em Goiás. Caldas, destaca-se, é a maior cidade turística do Estado.

Kleber Marra, por sua vez, se apresenta como a terceira via. Ele pode ser a opção de quem não quer apoiar o grupo de Magda e de Belelli, que chega com discurso antipolítico.

Outros nomes possíveis são: Dr. João Osório (MDB), Eterna Maria (Patriota), Gizelia Custódio (Progressistas), Toninho Barros (Podemos), José Araújo (PDT), Arlindo Ceará (PSB) e Joaquim Guilherme Filho (DEM).