DESTITUIÇÃO

Prefeito de Caiapônia diz que Paulinho usa AGM pra se promover

O prefeito de Caiapônia, Argemiro Rodrigues (DEM), é um dos 147 gestores que assinaram por…

Prefeito de Caiapônia diz que Paulinho usa AGM pra se promover
Prefeito de Caiapônia diz que Paulinho usa AGM pra se promover (Foto: Reprodução)

O prefeito de Caiapônia, Argemiro Rodrigues (DEM), é um dos 147 gestores que assinaram por uma mobilização, no dia 25 de março, pela destituição da atual mesa diretora da Associação Goiana de Municípios (AGM), presidida por Paulo Sérgio de Rezende (PSDB). Segundo ele, a prorrogação em um ano do mandato – previsto para terminar este mês – infringe o estatuto da entidade. “Quer usar a AGM para se autopromover.”

Argemiro explica que Paulo, mais conhecido como Paulinho, realizou uma alteração no estatuto da instituição, em janeiro de 2020. “Essa manobra vai contra a democracia. Ele quer usar a estrutura da AGM para se autopromover”, afirma. “Eu pago todas as taxas regularmente à AGM. É uma vergonha mudar as leis do estatuto em benefício próprio, pois é isso que ele está fazendo.”

“A AGM tem um estatuto e no art. 30 fala que todos os associados têm o direito de participar das atividades da associação. O atual presidente simplesmente me excluiu do grupo”, revela sobre a retirada de seu nome de um grupo de redes sociais com outros gestores após críticas ao presidente. Para Argemiro, o grupo é dos prefeitos e ele tem o direito de participar. “Se não quer escutar o que temos a dizer, saia do grupo você.”

Paulinho foi prefeito de Hidrolândia por dois mandatos, mas atualmente não exerce o cargo de líder do Executivo da cidade. “O senhor não é mais prefeito. Entregue o cargo”, pede. “A instituição é para ajudar os prefeitos a trazerem melhorias e benefícios para a população.”

Vale lembrar, ainda em fevereiro, o prefeito de Gameleira de Goiás, Wilson Tavares (DEM), protocolou um abaixo-assinado com 147 assinaturas na sede da AGM pedindo para que fosse feita uma nova eleição na instituição.

Paulinho, ressalta-se, foi reeleito em 2018 para o biênio 2019/2020 e, em janeiro do ano passado, teve seu mandato prorrogado até março de 2022. À época, Tavares afirmou que isso foi uma aberração. “Paulinho fez uma manobra para prorrogar seu mandato com apenas dez assinaturas, das quais oito são de ex-prefeitos.”

O portal entrou em contato com a assessoria de comunicação da AGM. A Associação, contudo, disse que não se pronunciaria sobre o assunto.